O "Cabruncos Livres" reuniu, desta feita, poucas pessoas, que se manifestaram
com palavras de ordem, em frente à Câmara, mas sem propostas definidas.
Na manifestação de hoje à noite dos Cabruncos Livres, alguns poucos médicos, alguns políticos derrotados na eleição de 2012 (Erick Shunk, Mackoul, José Geraldo, entre eles), alguns sindicalistas (petroleiros, servidores federais), alguns jovens universitários e secundaristas e alguns membros de partidos da esquerda mais radical e, com várias faixas, alguns catadores do antigo "lixão" que, segundo informações não confirmadas, receberam faixas, transporte e lanches.
Mesmo com pouca gente na manifestação em frente à Câmara, o presidente da Casa, Edson Batista, que estava de plantão para receber as lideranças do movimento, ao lado do vice-presidente do Legislativo, o vereador Magal, enviou um recado para que os "cabruncos" escolhessem cinco ou sete membros que ele os receberia para discussão de uma pauta.
Colocada em votação, o grupo que desejava o encontro foi derrotado pela esquerda mais radical, que se manifestou dizendo que não quer o diálogo. Dr. Edson estranhou o fato, pois na democracia, ao contrário dos movimentos que participamos durante a ditadura, há que prevalecer o diálogo e ele estava ali pronto para receber as lideranças do movimento. Mas soube que o movimento está dividido entre os que desejam o diálogo e os mais radicais que não o querem.
Conclui-se que é a revolta pela revolta, o que não leva a lugar nenhum. Além disso, manifestação sem liderança tende ao esvaziamento. O grupo consequente, que deseja o diálogo, perde para os rebeldes sem causa. A tendência é o movimento estreitar-se, formando um gueto. Para Edson Batista, "é lamentável".
Registre-se que os manifestantes, pautados por uma mídia raivosa, equivoca-se, revelando a imaturidade de seus membros, mesmo aqueles que já têm algum tempo de estrada, pois cobram do Legislativo o fim do voto secreto. A Câmara não tem voto secreto. Cobra orçamento participativo, mas a lei do orçamento tramitou na Câmara por mais de um mês e ninguém se manifestou, nem os vereadores da oposição.
Cobra transparência no debate da Lei Orgânica (a Constituição Municipal), mas esta está sendo elaborada com debates com a sociedade desde fevereiro, tendo sido realizadas dezenas de reuniões com instituições das áreas de saúde, educação, cultura, agricultura, transportes, desenvolvimento econômico, inclusive com sessões especiais e audiências públicas. Mais ainda: o presidente da Casa prorrogou o prazo de sua votação para setembro, para que mais pessoas interessadas participem do debate. Cobra transparência, quando não há nenhum legislativo com mais transparência que a Câmara de Campos.
Enfim, a Câmara de Campos está em consonância com os preceitos democráticos e com a sociedade. E seu presidente sugere que se cobre de todas as entidades que recebem verbas públicas um, portal da transparência, inclusive a mídia, e que os dirigentes dessas entidades sejam reeleitos apenas para mais um mandato, como ocorre com o executivo.
Dr. Edson Batista acrescenta que está disposto ao diálogo com qualquer setor da sociedade que tenha alguma contribuição a dar para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, no âmbito municipal e dentro dos preceitos constitucionais.
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