Meu amigo Hélio de Freitas Coelho assumiu ontem, na Academia Campista de Letras, a cadeira deixada por Antônio Roberto Fernandes, falecido em 2008. Originalmente, a cadeira é do poeta Antônio Silva, a quem homenageamos com seu nome eternizado (espero) na Casa de Cultura de Conselheiro Josino.
Numa noite memorável, Helinho tomou posse, tendo como convidados e ao seu lado, na mesa, o vereador e presidente interino da Câmara, Rogério Matoso e o ex-prefeito José Carlos Vieira Barbosa. Com Elmar Martins presidindo a mesa, composta também por Auxiliadora Freitas, presidente do Trianon e Sylvia Paes, também imortal.
A saudação a Helinho foi feita pelo acadêmico Fernando da Silveira, que discorreu sobre a vida do mais novo membro da casa desde sua infância, estudando em São Martinho.
Helinho parecia um garoto, recebendo alunos, ex-alunos e amigos que lotaram o auditório da Academia Campista de Letras para assistir à sua posse. Ex-vereador por dez anos, presidente da Câmara, Helinho tem uma história de luta e resistência contra a ditadura, principalmente nos anos que antecederam à anistia, em 1979, quando abriu o legislativo para que os mocimentos populares o ocupassem.
Também abriu a Casa para os cassados pelo regime militar como Adão Pereira Nunes e Antonio Carlos Pereira Pinto. Recebeu Prestes em sua casa e apoiou Brizola nas eleições de 1982, pagando um preço alto pela "ousadia". Foi secretário de Governo de Garotinho e Sérgio Mendes e partiipou das campanhas que elegeram Garotinho e Rosinha governadores e, em 2008, da campanha vitoriosa de Rosinha à Prefeitura.
Não imaginei Helinho imortal. Aliás, nem Orávio, nem Sylvia Paes. Mas, enfim, é salutar saber que a Academia Campista de Letras possa contar, sempre, com figuras que fizeram e fazem a nossa história, como é o caso do professor Hélio de Freitas Coelho.
Parabéns, Helinho!
Um comentário:
Quero deixar registrado aqui que, como aluna do Professor Helinho, aprendi que não é preciso a arrogãncia e muito menos a soberba para mostrar a quê veio.Muito pelo contrário. O orgulho embaça.
Ali, nos anos idos na hoje FAFIC, muito aprendi com professor Helinho, de linguagem clara para que entendêssemos a História que nunca nos foi contada. Foi com o Professor Helinho que aprendi que ensinar está muito além de levar conteúdo, ensinar é algo de paixão.
Obrigada professor Helinho, e mesmo que o senhor não fosse um reconhecido pela Academia, foi muito reconhecido por todos os que passaram sob seus olhos. E este reconhecimento não vem recheado de orgulho, mas da certeza de quem se sabe consciente do que escolhe porque avaliou com critério.
Um abraço da sua ex aluna,
Rosângela
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