Há uma grande expectativa quanto ao retorno de Rosinha ao comando da Prefeitura. Rosinha está tranquila e podem perceber isso os que participam de seu convívio. Sabe que a questão é política e não júrídica e, com sua inabalável fé em Deus, acredita que tudo tem um propósito. Nem que seja para revelar a falsidade de muitos, a crueldade de outros, os ilícitos praticados por alguns. Ela sabe que as perseguições que ela e seu marido sofrem são motivadas não por eles enquanto pessoas, mas como entes políticos que assumiram estar ao lado do povo, o que é inconcebível para as nossas elites.
Mas a expectativa quanto ao seu retorno está na mente de cada um de nós, de cada cidadão e cidadã de bem deste município que não consegue entender como é que se pratica impunemente uma injustiça tamanha contra todo um povo. Esse mesmo povo que, tendo votado em Rosinha ou não, viu as mudanças ocorridas em um ano e meio apenas. A primeira delas foi o fim da corrupção, tirando Campos das páginas policiais. Outras vieram em seguida, melhorando a qualidade de vida de todos. Num repente, a cassação. Nada de improbidade, nada relacionado a qualquer tipo de ilícito, nada que tenha tido a própria Justiça como acionista. Uma ação de um ex-prefeito, com uma ficha bastante suja, datada de junho de 2008, antes mesmo da campanha eleitoral. Não dá mesmo para entender a injustiça contra Rosinha.
Por isso a expectativa. Que é permanente. Incrível é que o povo acredita no Judiciário. Talvez porque não tenha outra saída. Há pessoas de bem no Judiciário, obviamente. E é nessas pessoas que o povo acredita. Os ministros do TSE não podem manter a condenação porque Rosinha é uma pessoa séria, honesta, que ganhou uma eleição sem nenhum poder apoiando-a. Mesmo seu concorrente não tendo conseguido o registro de candidato (foi mantido na campanha por uma liminar), ela venceu o primeiro e o segundo turnos. Políticos com a ficha mais suja que pau de galinheiro conseguiram liminares e mantiveram-se nos cargos até o trânsito em julgado de ações movidas pelo MP estadual e federal. Mas à Rosinha, com uma ficha limpíssima, é negada a liminar.
A expectativa faz parte da certeza que todos nós temos de que tamanha injustiça não pode perpetuar-se, sob pena de colocar em descrédito todo o judiciário eleitoral do país e não apenas o TRE do Rio de Janeiro. Não foi na semana passada. Não ocorreu esta semana. Vai ocorrer, por certo, na semana que vem. Por mim, acamparíamos próximo ao TSE e ficaríamos lá até que os ministros decidissem pelo mérito da ação, que não se sustenta juridicamente. Como Nelson Nahim é que assumiu interinamente o lugar de Rosinha, continuando o seu programa de governo, a gente espera sem radicalismos. Mas essa situação não pode continuar por muito tempo. É ruim, inclusive, para Nahim. A paciência de muitos de nós está se esgotando. E a expectativa aumenta. Melhor que aumentar a tensão.
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