Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Agradeço o reconhecimento

Agradeço as palavras de reconhecimento de Carlinhos do Jardim Carioca, do professor Moisés e muitos outros que leram neste blog sobre minha indignação quanto aos mentirosos de plantão em relação ao apoio aos nossos artistas e à promoção de eventos que não sejam festas. Nada contra as festas, mas não podemos apoiar apenas axé, pagode, baião e sertanejo.

Por isso temos nos esforçado para concretizar projetos diversos, como o artesanato de produtos recicláveis; o teatro, com o nosso curso permanente; as exposições de artes plásticas de nossos expoentes; o cinema no porão com filmes que não estão no circuito comercial; as quartas de debate no porão que promovemos (com gente de peso como Soffiati, Péris Ribeiro e outros do mesmo nível) e que vão retornar em breve; o projeto de leitura nas escolas, com contadores de história;

o projeto que leva à biblioteca infantil a mesma turma o ano inteiro (alunos de Santo Eduardo e da Usina Santo Antônio) e que construirão suas próprias histórias; a vacinação poética, que leva artistas às comunidades e que recitam e distribuem poemas; o cantando e encantando, com música e poesia em escolas e praças; o navelouca, com Dedé dirigindo músicos e atores para turmas do pró-jovem que, em troca, apresentam seus trabalhos culturais;

o cancioneiro e suas invencionices, com atores e com bonecos que falam da vida e obra de José Cândido, as vídeo-conferências com as crianças da nossa periferia interagindo com crianças de várias partes do mundo, sob o comando do Dr. Marcelo Oliveira; as oficinas de vídeo-poesia nas quais as pessoas aprendem a filmar e editar trabalhos com umna linguagem poética em três minutos; etc, etc, etc..

Hoje alguém mostrou-me um artigo de um rapazote chamado Alan Rocha, que diz que o poder público não promove a cultura em Campos. Elogia um evento da Faculdade de Medicina que abre espaço para os da terra exporem seus trabalhos etc.. Se ele tivesse importância eu até me incomodaria. Mas como tantos outros, não participa dos eventos, não conhece o mundo que é a Fundação Oswaldo Lima e o grande trabalho ali realizado em prol da nossa cultura e fala mal de ouvir falar. O  que me incomoda é que, como ele, tem muita gente que não vejo em teatros, não vejo circulando pelos meios culturais e que são, em verdade, superficiais. Mas escrevem como se existissem...

2 comentários:

Splanchnizomai abraçando o amanhã. disse...

É isso mesmo, Avelino. As pessoas nem sabem o que está acontecendo em materia de cultura e já falam mesmo. Estive no Trianom, numa dança, e poderia ter visto muito mais gente. As coisas estão acontecendo e os do contra estão se silenciando, ou os patetas não estão sabendo. E patetas aqui não é bom no sentido não. É no sentido de patetice mesmo.
Mas continue avançando e fazendo a propaganda. Seria bom um megafone pela Cidade. Né, não? Só não pode gritar muito senão "população anti" coloca na "injustiça".

carlinhos-j.carioca disse...

Caro Avelino,vc nao precisava fazer qualquer agradecimento,ja que nos(eu por exemplo)que interagimos expondo as nossas ideias é que temos que saber a hora certa de fazer criticas,porem muito mais em enaltecer pessoas como vc que ocupam de alguma forma um cargo publico>Falhas todos nos temos,mas quando alguem assume um cargo publico com ideias,conhecimentos e acima de tudo com etica e amor,temos mais é que aplaudir!E vc é uma pessoa que aceita e rebate as criticas dentro de um processo normal,nao como tem pessoas na midia que nao aceitam e se dizem dono da verdade.
um abraço