Os EUA preparam-se para retirar as tropas do Iraque, dizendo que o país está democratizado, pacificado e pronto para um futuro promissor. Missão cumprida, diz Obama. E nós analisamos a chacina, dizendo que é uma guerra; discorremos sobre os efeitos e vamos nos esquecendo das causas; sequer há mais questionamento sobre o assassinato do presidente iraquiano e/ou sobre as armas químicas, motivo alegado para a invasão do país pelos assassinos.
É bom lembrar que, na Colômbia, os problemas existem e continuarão a existir por causa dos EUA. Aliás, todo o quintal do Tio Sam apresenta problemas graves devido a interferência dos EUA. Mas a nossa mídia e os nossos pseudo-intelectuais discorrem sobre os efeitos da guerra entre os governos da Colômbia e as FARCs. Sequer citam a razão do surgimento das FARCs. Aliás, a maioria culpa os guerrilheiros como se eles, num passe de mágica, tivessem surgido para lutar contra a "democracia".
Toda liderança que surge e se insurge contra os EUA, é acusada de populista, demagoga e pregoeira do atraso. E os nossos pseudo-intelectuais intronizam as "verdades" do Tio Sam e, como marionetes, repete-as à exaustão. Haverá aqueles que, concordando com Obama, dirão, em breve: "até que enfim, acabou. O povo iraquiano, soberano, vai buscar seu destino sem interferência externa e sem ditadores". Quanta sabedoria!...
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