É a segunda carta que Castro envia ao presidente da Venezuela em uma semana. “Haja o que houver, o imperialismo dos Estados Unidos não poderá fazer o que fez durante tantos anos”, pois “hoje a Venezuela conta com os soldados e oficiais mais bem equipados da América Latina”, disse Fidel Castro, 88 anos.
Castro se manifestou justamente no momento em que, de um lado Estados Unidos e Cuba se reúnem para restabelecer relações diplomáticas e, de outro, Estados Unidos e Venezuela se estranham. Na semana passada o presidente Barack Obama declarou o país sul-americano como "ameaça à segurança nacional ". Em resposta, Maduro aprovou lei que lhe permite fazer decretos sem precisar do Parlamento e subiu o tom contra o governo americano.
Para Fidel Castro, a política dos EUA adotada em relação à Venezuela é "insólita", de "ameaças e imposições". FIdel deixa claro na carta que "a Venezuela "declarou de forma precisa que sempre esteve disposta a
discutir de forma pacífica e civilizada com o governo dos Estados Unidos, mas
nunca aceitará ameaças e imposições deste país",
Na segunda carta que envia a Maduro em uma semana, o pai da revolução cubana
elogiou a atitude do povo venezuelano e "a disciplina exemplar e o
espírito da Força Armada Nacional Bolivariana" frente à lei do presidente
Barack Obama que aplicou sanções contra funcionários da Venezuela e declarou o
país uma ameaça para a segurança nacional dos Estados Unidos. Ele ressaltou que o povo venezuelano "jamais admitirá um retorno ao
passado vergonhoso da época pré-revolucionária".
Ontem foi realizado, em Caracas, a reunião extraordinária da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA - TCP), definindo uma posição do bloco na próxima Cúpula das Américas. Fidel Castro não foi, obviamente. Não só por estar adoentado, mas porque o representante de Cuba é seu presidente, Raul Castro, que esteve presente. Todavia, não foi só Fidel que reiterou apoio integral a Nicolás Maduro ante a ameaça de Barack Obama.
Evo Morales, da Bolívia, o próprio Raul Castro, de Cuba, Daniel Ortega, da Nicarágua, o primeiro ministro da Dominica, Roosevelt Skerrit, O ministro das Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patiño, entre outros líderes estão ao lado de Nicolás Maduro nesse embate com os EUA. Para eles, as questões da Venezuela devem ser resolvidas pelo povo venezuelano. A palavra de ordem é "chega de intervencionismo imperialista".
Ricardo Patiño chegou a dizer que declarar a Venezuela (como fez Obama) como uma ameaça é "o prelúdio de uma invasão". Sabe que os EUA, com justificativa como essa, já invadiu muitos países e ainda invade. Só que os bolivarianos não estão dispostos a aceitar a invasão e o insuflamento das elites (como já fazem) para tentar derrubar o governo da Venezuela e colocar em seu lugar alguém simpático `política norte-americana. como aliás, os EUA fazem onde têm interesses econômicos e estratégicos.
Os brasileiros, pseudointelectuais e ingênuos, acreditam nas boas intenções dos americanos do norte e fazem o jogo da mídia, classificando todos os latinos americanos como populistas, ditadores, enfim, zé povinho. E se houver uma invasão americana na Venezuela, baterão palmas. Gente ruim, frustrada, saudosa de uma ditadura militar e mais remotamente, de um tempo em que o sistema de castas lhes davam toda cobertura (aos seus antepassados, é claro) E os zés ninguéns fazem coro com essa elite retrógrada e subserviente porque, além de ingênuos, desejam, um dia, fazer parte dessa mesma elite que os explora.
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