(Fotos: Thiago Freitas)
Dr. Edson cumprimenta a viúva de Jcyr, Dona Marli
Hélio Coelho dá uma aula de história na homenagem a Jacyr
e entrega à família uma placa
que o filho, Alexandre, agradece o reconhecimento
Cecília Ribeiro Gomes entrega um buquê de flores
Ao final, todos os vereadores posaram com a família e o palestrante
Em sessão especial histórica na Câmara Municipal de Campos, completamente tomada por lideranças sindicais e estudantes, os familiares do ex-vereador e líder sindical Jacyr Barbeto receberam nesta terça-feira (30) o diploma que lhe foi cassado pela ditadura militar em 13 de abril de 1964.
O presidente da Casa de leis, vereador Edson Batista, lembrou que a Câmara, “ao restituir, simbolicamente, o mandato de Jacyr não só faz justiça a um dos seus mais valorosos membros, mas também resgata para esses novos tempos a memória de um homem que arriscou sua própria vida e a de sua família, ao defender com dignidade os princípios democráticos, a liberdade de expressão e o povo brasileiro. Foi a reparação histórica de um equívoco”.
Edson ressalta que, “quando o Congresso Nacional promove a justiça histórica devolvendo os diplomas dos deputados e senadores cassados pelas ditaduras, entre os quais os deputados de Campos (Sadi Bogado, Antônio Carlos Pereira Pinto e Adão Pereira Nunes), esta Câmara, por unanimidade de seus membros reconhece também o erro cometido no passado e devolve o diploma de vereador a Jacyr Barbeto, cuja história de luta está inserida nos anais deste Legislativo como também no livro de seu companheiro de jornadas em prol das liberdades democráticas, Delson Gomes”.
A sessão histórica, abrilhantada pelo discurso do professor e cientista político Hélio de Freitas Coelho, ex-presidente da Câmara no periodo da ditadura (no final dos anos 70), ao lembrar o papel de bravos campistas na defesa de um Brasil soberano, mais justo e solidário. Hélio também ressalvou o papel de outro campista, o ex-prefeito Barcelos Martins.
“Numa época de precária comunicação, Barcelos teve que se deslocar a Niterói para obter orientações junto ao seu partido, diante das informações que obtivera da iminência da sua prisão e cassação de seu mandato. Ao tomar conhecimento de que sua casa fora brutalmente invadida pelos militares, ele sofreu um infarto fulminante. No dia anterior à sua morte, a polícia estava em Campos para cassá-lo e prendê-lo quando regressasse ao município. Com Barcelos já morto, os militares passaram a ter Jacyr Barbeto como alvo, e cassaram seu mandato em 13 de abril de 1964”, observou o ex-vereador.
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