Morreu na UTI do Ferreira Machado por volta das 20 horas de ontem, dia 13, a senhora Iris Ferreira Avelino, a 10 dias de completar 81 anos. Causa da morte: insuficiência cardíaca. Viúva há anos de Antonio Avelino Filho, que morreu, também, nas proximidades de seus 81 anos, "dona" Iris deixa seis filhos, 17 netos e 14 bisnetos.
Há 40 dias "dona" Iris caiu no quarto de sua casa e fraturou a "bacia". Socorrida pelo programa Emergência em Casa, foi levada para o Hospital Ferreira Machado. Tendo o coração abalado, com uma "ponte de safena" há duas décadas, não teve saúde física suficiente para sofrer uma cirurgia e ficou entre a UTI e o "setor laranja" sendo submetida a diversos exames. Há cerca de 10 dias sentiu que não sairia mais do hospital.
Mesmo muito bem cuidada pelas equipes médicas, enfermeiras, auxiliares de enfermagem e com cuidadoras 24 horas, "dona" Iris mantinha-se imóvel, pois, com fratura na "bacia", não havia como sentar-se ou levantar-se. Um sofrimento enorme para uma mulher lúcida e com vontade de viver. Há 10 dias percebeu que não mais voltaria para casa. Desistiu da esperança e esperou a hora "H".
Esteio da família Ferreira Avelino, da qual sou seu filho mais velho, sua morte me deixou muito triste. Não abalado, porque esperávamos uma notícia dessas a qualquer momento. Um dos maiores problemas de ficarmos velhos é justamente o de, pouco a pouco, perdermos nossos entes queridos. Primeiro foi minha irmã, que morreu em 1977, aos 15 anos de idade, levada que foi pelas águas do mar do Farol.
Depois, muitos e muitos amigos. Meu pai e, agora, minha mãe. Mas tudo que nasce, morre. Cumpre-se um ciclo. Mulher de fibra, "dona" de uma história que, narrada, daria um excelente roteiro para um filme e/um romance, ela nada quis escrever. Insisti muito, mas ela, que lia muito, não queria escrever sua história. Talvez eu a escreva um dia.
Mas enfim, "dona" Iris se foi. Seu corpo está sendo velado na capela da Santa Casa, em frente ao Cemitério do Caju, onde será sepultado na tumba da família hoje ainda. Como ela faleceu à noite, só daqui a pouco a parte burocrática de um sepultamento será iniciado.
À noite, no velório, passamos o tempo contando histórias sobre "dona" Iris. Eu, sua irmã caçula, Ieda, e minha irmã Alcineia (memória fantástica) lembrávamos de episódios que minhas filhas Kalinka, Maria e Juliana, além de meu sobrinho, Rodrigo, e meu genro, João, ouviam, aumentando mais ainda a admiração que tinham por minha mãe.
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