Raul Castro e Obama, que, recentemente, visitou seu país
O presidente de Cuba, Raul Castro, disse neste sábado (16), na abertura do Congresso do Partido Comunista, que a América Latina, especialmente países governados pela esquerda, passa por uma ofensiva contrarrevolucionária, na abertura. Segundo ele, Obama se aproxima de Cuba, mas os EUA tenta isolar a Venezuela.
A Folha de São Paulo publicou matéria de Diego Zerbato que reproduzo, em parte, abaixo:
Ele (Raul Castro) fazia referência às crises políticas na Venezuela e no Brasil e aos recentes reveses de aliados como os presidentes da Bolívia, Evo Morales, e do Equador, Rafael Correa, e da ex-mandatária argentina Cristina Kirchner.
Segundo Raul, esta ofensiva foi desatada pela desaceleração econômica na região, provocada pela queda do preço das commodities, e tem como objetivo "abrir caminho para o retorno do neoliberalismo".
O mandatário considera se tratar de uma "guerra não convencional", cuja doutrina é baseada nas pressões econômicas e no uso e articulação dos meios de comunicação empresariais contra a população destes países.
"Esta guerra não convencional não descarta ações estabilizadoras e golpistas, como prova o que acontece contra a Venezuela, e se intensificou recentemente na Bolívia, no Brasil e no Equador", disse.
"A intenção é levar ao fechamento deste ciclo histórico e desmoralizar partidos, movimentos sociais e a classe trabalhadora. Reafirmamos o apoio a todos os governos progressistas que levaram benefícios tangíveis às enormes maiorias da região mais desigual do planeta".
Especificamente sobre a Venezuela, Raul Castro afirmou ter a convicção de que o "defenderá o legado de Chávez e impedirá qualquer mudança" promovida pela oposição e criticou indiretamente os Estados Unidos.
"À Revolução Bolivariana e chavista, ao presidente [Nicolás] Maduro e seu governo, à união cívico-militar, ratificamos nossa solidariedade e compromisso e a rejeição às pretensões de isolar a Venezuela enquanto se dialoga com Cuba".
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