Inicialmente
com a denominação de Praça Principal, depois, Praça da Constituição, a Praça
São Salvador vivia coberta de capim e era um verdadeiro lamaçal em 1835. A Câmara recebe
proposta para colocar calçamento e arborizá-la, com alamedas compostas por
palmeiras imperiais e calçamento das ruas que a circundam. Em 1867, a Câmara aprova a
denominação de Praça São Salvador e a tão esperada reforma só veio em 1893,
quando é ajardinada com algumas palmeiras e árvores de sombra e é fechada com
gradil. As ruas laterais foram arborizadas, os passeios calçados e na Beira Rio
são plantados Flamboyants. A praça, nessa época, lembrava o Campo da Aclamação,
no Rio de Janeiro, segundo observação de Heloiza de Cacia Manhães Alves e
Marcos José Giesteira que, pela UFF, com apoio da Prefeitura, fizeram o melhor
trabalho histórico/cultural sobre a praça até hoje, trabalho que aqui, é
reproduzido em parte.
Em
1904/1905, a Praça São Salvador é o centro da vida social de Campos. Lâmpadas
coloridas são colocadas, as retretas de bandas de música são constantes e o
chafariz é instalado, embelezando ainda mais aquele espaço aprazível.
Em
1913, o Monitor Campista publicava: “a Praça passará a ter um só jardim,
aberto, sendo dali retiradas aquelas grades que tanto a enfeiam”. E a reforma realmente foi realizada. Mas, nos
anos 20, a
praça fica abandonada e o Monitor Campista critica seu abandono. Em 1929 a polêmica:
transferência da Catedral e ampliação da praça. A polêmica ganha as ruas e o
povo não aprova a saída da Matriz que é reformada e inaugurada em 1935, no
centenário da cidade. O jornal Folha do Commercio publica: “é aconselhável que
se reforme o saibro do jardim, o que dará melhor aspecto à praça e que ela seja
pavimentada à pedrinhas portuguesas e que haja melhorias na iluminação e nos
bondes”.
As
campanhas surtiram efeito e uma igreja nova foi construída, a praça é embelezada
e os prédios ao redor, pintados. Só não foram colocadas as pedras solicitadas.
Tudo para comemorar o centenário. Esta postagem reproduz um pequeno trecho do meu livro sobre os 360 anos da Festa de São Salvador, que será lançado na segunda-feira, dia 30, às 19 horas, no Trianon. O pequeno grande livro não pode faltar em nenhuma estante de quem gosta de história e da cidade de Campos.
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