O Jornal do Brasil publicou matéria sobre a desigualdade no Brasil, que era o campeão e, agora, está entre os dez países mais desiguais do mundo; estes, por sua vez, são da América Latina, Caribe e África Subsaariana.
O que não está dito na reportagem é que a péssima divisão da riqueza nada tem a ver com a escolaridade e sim, com a exploração absurda, violenta, do trabalho humano. A reportagem induz a pensarmos que a desigualdade está diretamente relacionada à falta de escolaridade. É uma verdade do ponto de vista capitalista que privilegia a educação como degrau ou ponte para aumento da renda.
Tamanho absurdo é intronizado pelos pseudo-intelectuais e a plebe rude, quando a verdade é outra, ou seja, a exploração do trabalho, sob a justificativa de que quem não tem estudo não merece a tão propalada inclusão social. A mentira é flagrante, pois o índice de desemprego é maior para quem tem mais estudo e um professor com curso superior, no Estado do Rio, por exemplo, ganha pouco mais que R$ 700,00 (brutos) por mês.
De qualquer maneira, para que o leitor tire suas conclusões, um trecho da matéria do JB:
"O economista-chefe do Centro de Políticas Sociais, vinculado à Fundação Getulio Vargas (FGV), Marcelo Côrtes Neri, afirmou que a baixa escolaridade da população brasileira mantém o País entre as dez nações mais desiguais do mundo. "Ainda estamos no top 10 da desigualdade mundial", disse.
Análise publicada pelo economista na mostrou que, desde 1996, há redução do índice de Gini. O indicador, que mede a concentração de renda (quanto mais perto de 1, maior a desigualdade), caiu de 0,6068, naquele ano, para 0,5448, em 2009.
Apesar da queda, o índice brasileiro é superior ao de países como os Estados Unidos (em torno de 0,400) e da Índia (0,300) e está próximo ao de nações mais pobres da América Latina e do Caribe e da África Subsaariana. "Saímos do pódio, mas ainda estamos entre os mais desiguais", afirmou o economista.
Segundo Neri, para diminuir a desigualdade, é preciso que a renda das classes mais baixas continue crescendo, que se mantenham programas sociais focados na população mais pobre e, sobretudo, que o Estado amplie a oferta de educação de mais qualidade e as pessoas permaneçam na escola.
O sociólogo e cientista político Simon Schwartzman, presidente do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets), disse que "a educação no Brasil é muito ruim" e que há um "excesso de valorização" da escolaridade, o que explica a grande diferença salarial entre quem tem curso superior e quem não tem nenhuma formação. Para ele, o desempenho educacional "não tem melhorado muito" e, portanto, nos próximos dez anos o quadro de desigualdade permanecerá."
Um comentário:
como pode alguem ter um discurso voltado para o socialismo e ao mesmo tempo ser um velho baba ovo de um dos dois coroneis politico da planicie goitaca?
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