Num momento em que a crise econômica agudiza, causando
sérios problemas de caixa para os executivos federal, estaduais e municipais, a
Câmara de Vereadores de Italva, com total anuência da Prefeitura, cria mais
cargos nas assessorias de gabinetes, com salários de R$ 3.000,00.
Para se ter uma ideia, a Câmara de Campos está se preparando
para cortar salários de vereadores e assessores, para adequar os gastos ao
orçamento, que vai se reduzindo em consequência da queda na arrecadação própria
do município. Como o orçamento da Câmara está vinculado à receita própria do
Executivo, a queda na arrecadação implica em redução do valor estimado para o
Legislativo.
O mesmo está ocorrendo em muitas outras Câmaras de
Vereadores do país e, mesmo, de Executivos fortes como é o de Porto Alegre, que
está com dificuldades para cumprir seus compromissos. Campos teve que demitir
contratados, assim como Macaé e Cabo Frio, entre outras cidades próximas.
Por isso não dá para entender como a Câmara de Italva
aumenta despesas neste momento. Dizer que Italva não está em crise é faltar com
a verdade, porque o município ainda faz parte do país. Portanto, é também
atingido com a crise. Por certo houve ou haverá em breve redução na parcela do
Fundo de Participação dos Municípios.
Caso não fosse uma questão econômica, no mínimo por questões
morais. Sim, porque é imoral, num momento crítico como este, o aumento de
assessores, quando o que se vê pelo Brasil afora é o corte de pastas e, em
consequência, de cargos comissionados. Alegar que é legal (com base na lei 1078
de março deste ano de 2015) não muda o quadro de imoralidade.
Pelo visto e por óbvio, no Legislativo italvense sobra
dinheiro. Então, que se devolva aos cofres públicos, podendo até ser discutido
sua destinação. Muitos chefes de família estão desempregados e suas famílias
passando necessidades. O dinheiro poderia retornar ao Executivo para ser destinado
a auxiliar essas famílias, via Promoção Social.
Todavia, é sabido que o Executivo de Italva está amalgamado
à Câmara de Vereadores, de tal maneira que são, os dois poderes, representados
por seus respectivos chefes, “almas gêmeas”. Assim sendo, fica claro que o
prefeito apoia a medida adotada pela Câmara, de aumentar sua assessoria.
Resta a indignação da comunidade, que deve reagir a esse tipo
de despesa nesse momento crítico. Até porque, como todos sabem, o prefeito Leonardo
Guimarães até agora não disse a que veio.
Não fez absolutamente nada de relevante que justificasse a confiança nele
depositada. E o Legislativo é conivente. Soa como promiscuidade, o que é
inadmissível ética e moralmente. Com a palavra os italvenses.
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