Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Oito dias na Grécia visitando locais históricos: sonho realizado!

Afinal, chegamos hoje, dia 06 de agosto, em meio à madrugada, à nossa casa, de onde saímos no dia 25 de julho, às 13 horas. Atravessamos o Atlântico e fomos até Roma, fazendo a conexão em Londres. Chegamos à Roma após 14 ou 15 horas de voo e a nossa bagagem, não. Até agora, não sabemos dela e só nos informam que ela está em trânsito. Ora em Roma, ora na Grécia, ora em Londres. Para piorar a situação, a bagagem em que trazíamos alguns “regalos”, também não chegou com a gente. Ficou em Londres...

Bem, eu, Viviane e minha filha Maria, três professores de Filosofia, realizamos um sonho: visitar a Grécia, berço cultural da nossa civilização. E a cidade de Avellino, no sul da Itália, de onde se originou o nome Avelino meu e de meus antepassados. 

Eu, ator medíocre por décadas, no teatro original de Apolo

Na Grécia, da ponta da Itália, foram 15 horas de navio, pelo mar jônico (na verdade, ìon, nome de uma ninfa castigada por Era, mulher de Zeus, que era mulherengo. A ninfa virou uma vaca com um bicho mordendo-lhe a cabeça. De tanta dor, ela voava e acabou transformando-se no mar da Grécia Oeste (a Leste, o mar é do rei Egeu)). Bem, entramos na Grécia pelo Norte, fronteira com a Albânia. Por cinco dias, até chegar a Atenas, ao Sul, conhecemos parte da Grécia histórica. Inclusive as ilhas do mar jônico. Fantástico!

Eu e Viviane no mesmo teatro do Deus Apolo

Explicações sobre o teatro de Apolo e como era na antiguidade

Eu no restou do Templo de Era, mulher de Zeus, em Olímpia

Além dos guias turísticos, tivemos uma aula de uma arqueóloga grega, que está fazendo trabalho de descoberta em Olímpia. Helena o nome dela. A gente lê, estuda, tanto a Grécia como sua religião (preferimos a palavra mito), mas indo aos locais e ouvindo quem está estudando há anos esses mesmos locais é que temos uma ideia da importância de se conhecer a Grécia antiga, berço de nossa civilização. Um exemplo: O deus Pan, para afugentar os demais deuses e dominar o território, colocou medo em todo mundo. Daí, pânico.

Claro que buscando, hoje, nas bibliotecas virtuais, saberemos disso, mas se não temos ideia do que é, como procurar? Qual a curiosidade, se não sabemos o que desejamos? É o caso de Olímpia, do Oráculo de Delfos (na verdade, o Deus Apolo, que se transformou em delfim para apanhar pescadores no mar, os quais usou como servos para erguer seu majestoso templo), de Odeon (que é música e tinha um lugar em Atenas (um teatro) só para música.

Tudo para os gregos tinha a ver com o sagrado. Só o teatro em Delfos cabia 35 mil pessoas (e nenhum pobre), assim como os jogos olímpicos eram assistidos por 70 mil pessoas (nenhum pobre). Vinham de toda Grécia, a cada quatro anos, para mostrarem (só os gregos) suas habilidades, lutavam e corriam nus, com o óleo dos deuses (o azeite), mostrando suas mentes e corpos sãos, tendo os deuses como modelos. Os vencedores ganhavam uma coroa de galhos da oliveira e uma estátua com a inscrição de seus nomes e as modalidades que competiram.

Quando Roma conquistou a Grécia, Teodósio (primeiro e segundo), mandou destruir tudo que não era cristão. Depois, terremotos acabaram com o resto. Mas os arqueólogos têm descoberto maravilhas, conservadas pelas cheias dos rios (caso de Olímpia, que ficou submersa) e/ou pelas cidades construídas sobre as ruínas e que agora estão sendo refeitas. Olímpia, por exemplo, está sendo trabalhada há mais de 100 anos ininterruptamente. 

Minha filha Maria, no altar de Era, onde se acendia a pira 
(tocha de fogo) durante 12 séculos até os cristãos acabarem
com a adoração aos deuses gregos, e se acende até hoje, 
a partir de 1896, quando se retomou os jogos olímpicos - 
agora ão mais apenas para os gregos, para todo o mundo.


O campo, recuperado, de algumas provas olímpicas e da Maratona. 
São 192 metros de profundidade que os atletas percorriam tantas vezes
até chegar aos 42 mil metros - distância entre Atenas e Maraton, 
percorrida por um guerreiro que foi avisar sobre a vitória dos 10 mil 
atenienses contra 100 mil persas, feito incrível que os gregos resolveram
comemorar nos jogos olímpicos. 

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