Afinal,
chegamos hoje, dia 06 de agosto, em meio à madrugada, à nossa casa, de onde
saímos no dia 25 de julho, às 13 horas. Atravessamos o Atlântico e fomos até
Roma, fazendo a conexão em Londres. Chegamos à Roma após 14 ou 15 horas de voo
e a nossa bagagem, não. Até agora, não sabemos dela e só nos informam que ela
está em trânsito. Ora em Roma, ora na Grécia, ora em Londres. Para piorar a
situação, a bagagem em que trazíamos alguns “regalos”, também não chegou com a
gente. Ficou em Londres...
Bem,
eu, Viviane e minha filha Maria, três professores de Filosofia, realizamos um
sonho: visitar a Grécia, berço cultural da nossa civilização. E a cidade de
Avellino, no sul da Itália, de onde se originou o nome Avelino meu e de meus
antepassados.
Eu, ator medíocre por décadas, no teatro original de Apolo
Na
Grécia, da ponta da Itália, foram 15 horas de navio, pelo mar jônico (na
verdade, ìon, nome de uma ninfa castigada por Era, mulher de Zeus, que era
mulherengo. A ninfa virou uma vaca com um bicho mordendo-lhe a cabeça. De tanta
dor, ela voava e acabou transformando-se no mar da Grécia Oeste (a Leste, o mar
é do rei Egeu)). Bem, entramos na Grécia pelo Norte, fronteira com a Albânia.
Por cinco dias, até chegar a Atenas, ao Sul, conhecemos parte da Grécia
histórica. Inclusive as ilhas do mar jônico. Fantástico!
Eu e Viviane no mesmo teatro do Deus Apolo
Explicações sobre o teatro de Apolo e como era na antiguidade
Eu no restou do Templo de Era, mulher de Zeus, em Olímpia
Além
dos guias turísticos, tivemos uma aula de uma arqueóloga grega, que está
fazendo trabalho de descoberta em Olímpia. Helena o nome dela. A gente lê,
estuda, tanto a Grécia como sua religião (preferimos a palavra mito), mas indo
aos locais e ouvindo quem está estudando há anos esses mesmos locais é que
temos uma ideia da importância de se conhecer a Grécia antiga, berço de nossa
civilização. Um exemplo: O deus Pan, para afugentar os demais deuses e dominar
o território, colocou medo em todo mundo. Daí, pânico.
Claro
que buscando, hoje, nas bibliotecas virtuais, saberemos disso, mas se não temos
ideia do que é, como procurar? Qual a curiosidade, se não sabemos o que
desejamos? É o caso de Olímpia, do Oráculo de Delfos (na verdade, o Deus Apolo,
que se transformou em delfim para apanhar pescadores no mar, os quais usou como
servos para erguer seu majestoso templo), de Odeon (que é música e tinha um
lugar em Atenas (um teatro) só para música.
Tudo
para os gregos tinha a ver com o sagrado. Só o teatro em Delfos cabia 35 mil
pessoas (e nenhum pobre), assim como os jogos olímpicos eram assistidos por 70
mil pessoas (nenhum pobre). Vinham de toda Grécia, a cada quatro anos, para
mostrarem (só os gregos) suas habilidades, lutavam e corriam nus, com o óleo
dos deuses (o azeite), mostrando suas mentes e corpos sãos, tendo os deuses
como modelos. Os vencedores ganhavam uma coroa de galhos da oliveira e uma
estátua com a inscrição de seus nomes e as modalidades que competiram.
Quando
Roma conquistou a Grécia, Teodósio (primeiro e segundo), mandou destruir tudo
que não era cristão. Depois, terremotos acabaram com o resto. Mas os
arqueólogos têm descoberto maravilhas, conservadas pelas cheias dos rios (caso
de Olímpia, que ficou submersa) e/ou pelas cidades construídas sobre as ruínas
e que agora estão sendo refeitas. Olímpia, por exemplo, está sendo trabalhada
há mais de 100 anos ininterruptamente.
Minha filha Maria, no altar de Era, onde se acendia a pira
(tocha de fogo) durante 12 séculos até os cristãos acabarem
com a adoração aos deuses gregos, e se acende até hoje,
a partir de 1896, quando se retomou os jogos olímpicos -
agora ão mais apenas para os gregos, para todo o mundo.
O campo, recuperado, de algumas provas olímpicas e da Maratona.
São 192 metros de profundidade que os atletas percorriam tantas vezes
até chegar aos 42 mil metros - distância entre Atenas e Maraton,
percorrida por um guerreiro que foi avisar sobre a vitória dos 10 mil
atenienses contra 100 mil persas, feito incrível que os gregos resolveram
comemorar nos jogos olímpicos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário