Afonsinho e o presidente do Campos, Márcio
Wesley Machado presenteou Afonsinho com dois livros
Afonsinho ainda joga ... e bem
Os dois times antes do jogo no domingo
(Fotos: Check)
Uma tarde memorável. Assim pode ser descrito o dia de
domingo (27)
no Campos Atlético Associação, que encerrou a programação do aniversário de 101
anos de fundação comemorado na véspera, com uma tradicional “pelada”, que teve
a presença ilustre do craque Afonsinho, que desfilou sua elegância em campo num
jogo formado por vários ex-jogadores da cidade. A partida terminou com a
vitória do time de Afonsinho pelo placar de 1 a 0, graças a um golaço marcado
no finzinho por Jô, onde a bola bateu no travessão e caiu dentro do gol.
Afonsinho comentou sobre o carinho especial que nutre pelo
Roxinho. “Eu tenho uma filha chamada Violeta. O Roxinho marcou minha carreira.
Pois quando consegui o passe, tinha de ter um time para jogar. Joguei uma
partida na Bahia e esta aqui em Campos em 74 contra o Palmeiras. Até hoje fico
pensando, como conseguiram trazer o Palmeiras com o time
completo? Foi um grande feito para a época”, afirmou o craque.
O capitão do Botafogo Campeão da Taça Brasil de 1968 comentou
sobre o problema que teve com Zagallo. “O Zagallo era um cara muito fechado. No
meio, ele gostava de jogar com um pela esquerda, um armando e um na marcação. O Carlos Roberto subiu dos juniores e para o Zagallo não dava para jogar eu e o Gérson (“Canhotinha de Ouro”). Então, fui barrado. Aí eu tive propostas do Santos, do São Paulo.
E não queriam deixar eu sair. Foi aí que eu comecei a lutar para ter o passe”,
disse Afonsinho, que acabou emprestado para o Olaria, que montou um grande
time.
Afonsinho voltaria ao Botafogo, passaria pelos outros quatro
grandes do Rio, Flamengo, Fluminense e Vasco. E jogaria ainda com Pelé no
Santos. Afonsinho é paulistano, mas se mudou ainda novo para Marília, depois foi para Jaú, onde começou a jogar futebol. Não
se considera ex-jogador, pois não encerrou a carreira. Continua na ativa por
meio dos jogos da equipe fundada por ele, o Trem da Alegria, que já teve
jogando craques como Garrincha e Nilton Santos e artistas do quilate de
Paulinho da Viola, Raimundo Fagner e Moraes Moreira. Afonsinho sugeriu que seja
realizada uma partida do Trem da Alegria em Campos.
O jornalista Wesley Machado, colaborador do Roxinho e que
intermediou a vinda de Afonsinho a Campos, contou que para 2014 estão
programando a vinda do master do Palmeiras. “Foi uma ideia do diretor de
futebol da Liga Campista de Desportos, Wilson Carlos, que ajuda muito o clube. Inclusive
foi ele, mediante uma sugestão minha, que mandou fazer as camisas retrôs do
Afonsinho. Como ano que vem é centenário do Palmeiras e 40 anos do amistoso de
74, estamos planejando mais este evento,
que deverá integrar a programação da Festa do Santíssimo Salvador”, informou
Wesley.
Outro resultado da visita de Afonsinho a Campos foi que Afonsinho,
que é muito bem relacionado com Chico Buarque, convidou Wesley, com quem fez
amizade, para visitar o campo de Chico no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de
Janeiro. Wesley deu uma camisa do Campos a Afonsinho para entregar a Chico, mas
Afonsinho achou melhor que o próprio desse pessoalmente a camisa. Wesley já convidou o
amigo escritor Márcio de Aquino, que sabe tudo de MPB, para acompanhá-lo na
visita ao ídolo. Chico que tem um time, o Politheama. Acompanhando Wesley e
Márcio ao Rio, irá o folclórico fotógrafo Jocelino Rocha, o Check, que afirma
ter mais de 1000 gols na carreira. A viagem, que ainda não tem data definida, promete render boas histórias.
(Matéria enviada por Wesley Machado)
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