Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







sexta-feira, 1 de julho de 2011

Seminário proposto pela EBX para debater o futuro da região

Começou ontem e prossegue hoje, a partir das 18 horas, no Espaço da Ciência no balneário de Atafona, São João da Barra, o seminário de gestão integrada do território para o desenvolvimento sustentável.

O evento, como muitos outros similares que ocorreram em Campos e São João da Barra, tem a chancela do grupo EBX, responsável pela implantação do Porto do Açu e coordenação das Ongs Instituto Bio-Atlântica e Instituto Politécnico de Tomar, de Mação, Portugal.

O objetivo do seminário é criar um quadro conceitual de análise prospectiva, com análise de tendências globais que irão gerar impacto na região. Reunindo representantes de instituições governamentais e não governamentais - como Secretarias de Cultura e de Educação de Campos, São João da Barra, São Francisco do Itabapoana, associação de pescadores, UENF, IFF, entre outras - em grupos de estudo que apontarão essas tendências até 2030.

 Fernando Ortega, especialista em prospectiva
 Eduardo Figueiredo, diretor do Bio Atlântica
 Os participantes formaram grupos de 10 pessoas para debater os temas propostos


 Na condição de subsecretário de Cultura, representei Campos

O especialista peruano na esfera da prospectiva, Fernando San Martín Ortega, após a apresentação de Eduardo Figueiredo, diretor do Instituto Bio-Atlântica, explicou os objetivos do seminário e indicou as ferramentas para serem utilizadas na formulação das questões que estão sendo abordadas pelos grupos formados ontem. São cinco grupos de 10 pessoas cada que apontarão 15 questões de 02 temas globais.

O objetivo maior é a conscientização da sociedade regional para o grande impacto que vai causar o pleno funcionamento do complexo portuário do Açu. Estima-se que, nos próximos 10 anos, a população de Campos e São João da Barra vai dobrar.

Para evitar que tenhamos os mesmos problemas de Carajás, Camaçari, Macaé, entre outras cidades que quase perderam sua identidade cultural por conta da invasão dos migrantes, afora os inúmeros problemas políticos, sociais e econômicos, a EBX está propondo debates permanentes com os mais diversos setores da sociedade visando minorar o impacto negativo que certamente virá, com a chegada dos "estrangeiros".

Além de Eduardo Figueiredo, da Bio Atlântica e Fernando Ortega, o palestrante, participam do seminário Luiz Oosterbeek do Insituto Politécnico de Tomar (Portugal), Paula Kraimer e Luiza Salles, da Bio Atlântica.

Segundo Fernando Ortega, "o projeto de futuro que começamos a debater aqui nascerá do consenso de todos nós". Deu vários exemplos de como erramos ao não darmos importância à antecipação da ação e sentenciou: "o futuro não existe; o futuiro se constrói". E deixou um recado em forma de aviso aos participantes: "não deixem que gente de fora construam seus cenários. Vocês é que são os atores responsáveis pelo futuro da sua região".

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