O verdadeiro sentido da proposta de paralização dos professores

Fala-se em paralização do professorado municipal amanhã, depois e depois. Não sei porque os professores vão parar. Pior ainda quando algumas das lideranças do sindicato da categoria falam em "educação" quando refere-se a reivindicações do professorado. professor e educação são coisas distintas, embora interligadas. Educação formal, registre-se, pois educação não formal é cultura e não há necessidade de um professor.

Mas não vamos filosofar aqui. O que importa é que Campos deu um salto qualitativo muito grande na educação no governo Rosinha. Até mesmo o professorado, com o atendimento à principal reivindicação, que é o plano de cargos, deu um salto. O que se discute é firula. Se fizermos um comparativo com outros municípios e até muitos estados, Campos está muito bem no ranking, em relação ao professorado.

Os interesses puramente eleitorais de um grupelho é que estão em jogo. Informa o sindicato da categoria que 85% das escolas paralizaram suas atividades na última greve. Mentira deslavada. Mas não vamos discutir isso aqui. O ideal é quase impossível atingir. Até porque os trabalhadores, em geral, nunca estão satisfeitos, porque tornamo-nos uma sociedade consumista e as necessidades criadas pelo capitalismo consomem mais que os vencimentos das mais diversas categorias. Até professores da UENF fazem greve por salários...

Um professor consciente sabe que, a despeito de alguns problemas pontuais, a educação recebeu todo apoio da prefeita Rosinha Garotinho. Tem-se que discutir melhoras permanentemente, é óbvio. Mas fazer greve é jogar o jogo sujo de algumas lideranças. Muitas das quais com saudades da administração passada, quando a educação chegou ao fundo do poço, com escolas e creches sem nenhuma condição de funcionamento.

Para terminar: greve nos primeitros dias de agosto, quando sabemos que nossa cultura força um recesso ampliado até a festa do padroeiro da cidade?