Luiz Oosterbeek dirigiu o Fórum
que reuniu cabeças pensantes da região
entre as quais o professor Hélio Gomes, do IFF, Sidney Salgado, Lúcia Bastos (UFF)
Representantes do governo sanjoanense e de Campos
Um tempo para um lauto café com broa
Uma foto para registrar este blogueiro e o intelectual português Luiz Oosterbeeck
e o animador cultural Wilson Heidenfelder e Paula Kreimer, da IBIO
Sob a coordenação de Luiz Oosterbeek do Insituto Politécnico de Tomar (Portugal), no Brasil, atuando em parceria com o Instituto BioAtlântica - IBIO -, e o Instituto Terra e memória, está sendo realizado no Centro de Conhecimento, em São João da Barra, o 4º Fórum de Educação e Cultura, com a participação de "cabeças pensantes" dos municípios que serão afetados diretamente com o Porto do Açu, do grupo EBX.
O objetivo maior do Fórum, além da conscientização da sociedade regional para o grande impacto que vai causar o pleno funcionamento do complexo portuário do Açu (estima-se que, nos próximos 10 anos, a população de Campos e São João da Barra vai dobrar), é criar projetos estruturantes que possam envolver não apnas um município, mas o território que, obviamente, sofrerá o impacto em todas as esferas - saúde, educação, cultura, transportes, meio ambiente etc.-.
Para os debates e a elaboração de projetos comuns, envolendo os vários municípios, participam universidades, prefeituras, ONGs e profissionais liberais que desejam contribuir, de alguma maneira, para minorar o impacto negativo que a região sofrerá com a vinda de, em quatro anos, cerca de 500 mil pessoas de outras regiões do país para residir, principalmente, em Campos e São João da Barra.
A iniciativa é pioneira no Brasil, poque, em geral, os complexos industrais são implantados sem que, previamente, a sociedade participe dos debates sobre os impactos que causarão. Assim foi em Carajás, em Camaçari, em Macaé, para citar apenas algumas cidades conhecidas que pederam suas identidades. O esforço do grupo EBX, via as instituições citadas, é para buscar minorar os problemas que advirão do crescimento demográfico.
Na verdade, todos reconhecem que não estamos preparados para receber 500 mil pessoas em poucos anos. E queremos manter a nossa identidade cultural. Resta então absorver o impacto da melhor forma possível, com projetos que integrem os municipios e possam evitar os conflitos que fatalmente surgem entre os forâneos e os "da casa".
Desses fóruns de Educação e Cultura têm participado o IFF, a UENF, a UFF, as prefeituras de Campos, São João da Barra e São Francisco do Itabapoana, ONGs ligadas às áreas de cultura e meio-ambiente. Os debates, embora acalorados, têm sido em alto nível e os projetos envolvendo o território devem estar prontos em breve. Até porque, em 2012, qando o Complexo Portuário do Açu estiver funcionando, a base do que desejamos deve estar sedimentada. É o que todos esperam.