Dos blogueiros e sobre os 10 anos do Arquivo Público

Após meses, tenho um domingo para ficar em casa. Coincidentemente, é Dia das Mães. Bom. Por isso, tenho tempo de abrir o meu blog. Há meses sem tempo para postar algo, a não ser algumas notas nas madrugadas nas quais eu não pregava de cansaço, estou aqui frente ao computador e sem ter o que dizer. É tanta coisa e, por outro lado, me pergunto: para quem ler, se o blog parou de ser visitado quando chegou aos 40 mil acessos, em alguns meses "no ar"?

Nem mesmo as ações - e são muitas - da Fundação que presido eu tenho tempo para postar, afora o Encontro Internacional de Astronomia e Astronáutica, que os colegas blogueiros ignoraram e foi o maior evento do gênero nas Américas. Mas tudo bem, sei que as questões pessoais, para alguns, estão acima do coletivo. O Carnaval foi o último fora do Cepop e, portanto, histórico; e o único realizado totalmente pela Fundação Oswaldo Lima nos últimos anos. Mas a Fundação foi pouco citada pelos nossos colegas.

O projeto "Aumenta que isso aí é Rock'in'roll" que, além de apresentar bandas reconhecidas na cidade, revela novos talentos e "conta" a história do rock no mundo, teve prosseguimento e nada foi publicado pelos colegas. Assim como o início das comemorações dos 10 anos do Arquivo Público, com uma ampla programação, que não tem significação para os nossos blogueiros...

Enfim, como jornalista, sou forçado a criticar meus queridos colegas, pois são fatos relevantes que devem ser registrados. A inauguração da placa dando o nome de Waldir de Carvalho ao Arquivo Público Municipal, iniciativa da vereadora Ilsan Viana, foi uma solenidade concorrida. O coral de jovens do João Barcelos Martins recitou poema de Waldir e cantou o Hino de Campos e os artistas da Fundação Oswaldo Lima, sob a direção de Lena, encenou O Escravo Cirurgião, livro do memorialista. Enfim, foi uma noite memorável.

Dia 18 a prefeita Rosinha Garotinho estará participando dos 10 anos do Arquivo, que terá o lançamento do livro que considero primordial para o conhecimento da planície, que é a descrição da Vila de Sam Salvador dos Campos feita pelo genial Manoel Martins do Couto Reis, com introdução do doutor Aristides Arthur Soffiati Neto e o mapa da região em 1785. Primeira obra importante sobre Campos e que está sendo reeditada segundo o que preceitua o programa de governo da prefeita.

Outras obras importantes serão digitalizadas e relançadas, como os de Augusto de Carvalho, Alberto Ribeiro Lamego (O homem e a restinga e O homem e o brejo), Horácio Souza e alguns tomos de Alberto Lamego, o pai. Obras raras que, segundo a prefeita, devem ser disponibilizadas para o grande público, via professores da rede municipal, das universidades e outras instituições de ensino.