Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O Brasil perde um de seus maiores escritores

Faleceu, no início da madrugada de ontem, o escritor gaúcho Moacyr Scliar. Está sendo velado na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul e hoje será sepultado. O Estado está de luto oficial e a presidente da República, Dilma Roussef, declarou:  "Recebi com muito pesar a notícia da morte de Moacyr Scliar, um dos mais respeitados escritores do nosso País. Scliar foi um ícone da literatura gaúcha, brasileira e latino-americana".

Moacyr ocupava a cadeira 31 da Academia Brasileira de Letras, a mesma que pertenceu ao escritor campista José Cândido de Carvalho entre os anos de 1974 e 1989. Aliás, uma das últimas obras lidas por Moacyr foi justamente José Cândido de Carvalho, Vida e Obra, de minha autoria e editada pela Faculdade de Direito de Campos, quando veio à cidade para uma palestra e uma oficina, convidado pela Fundação Oswaldo Lima. Elogiou a obra e sugeriu que fosse lançada em nível nacional.

Nascido a 23 de março de 1937, em Porto Alegre, Moacyr Scliar era casado com Judith, com quem teve um filho, Roberto. Seus pais, José e Sara Scliar vieram da Rússia, em 1904. Moacyr fez Medicina na Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Doutorado em Ciências pela Escola Nacional de Saúde Pública, tendo exercido a profissão junto ao Serviço de Assistência Médica Domiciliar e de Urgência. Em 1962,  publicou seu primeiro livro, mas considerava como primeiro livro o de contos, lançado em 1968, O Carnaval dos Animais".

Publicou mais de 70 obras e muitos de seus textos foram adaptados para o rádio, para o teatro, televisão e cinema. Também escrevia em jornais como Zero Hora, de Porto Alegre e Folha de São Paulo. Ganhou três vezes o Prêmio Jabuti e, em 2003, ingressou na Academia Brasileira de Letras. Sua última obra é Manual da Paixão Solitária. O Brasil literário e sensível sente a sua perda.

Um comentário:

Valdecy Alves disse...

Nietzsche dizia que o mundo é um imenso pântano e que a arte é a orquídea colorida e bela que nasce no alto da árvore podre.
Digo então que BLOGS DE POESIA SÃO ORQUÍDEAS NO PÂNTANO DA WEB.
Convido a ler poesia da minha autoria, escrita ontem 05/03/2011. Se gostar comente e divulgue:
http://valdecyalves.blogspot.com/2011/03/canto-vida-peregrina.html