Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Crônica sobre os royalties dedicada a Dilma


O Felipe Pena publicou ontem, no Jornal do Brasil, uma crônica que não pode deixar de ser lida. Por isso reproduzo-a aqui. Leiam, pois é muito interessante. 
Permitam-me dedicar este texto à presidenta Dilma, que terá uma difícil decisão a tomar hoje.
Imaginem se as perdas com os royalties do petróleo fossem do Rio Grande do Sul. Não duvido que, em poucos minutos, os gaúchos organizariam uma revolução e proclamariam a independência do estado. Até consigo ver as barricadas no Palácio Piratini, as trincheiras organizadas por barbudos com lenço vermelho no pescoço, o chimarrão queimando durante a noite e os generais do III Exército organizando suas tropas para proteger o levante. 
Se fosse no Rio Grande, os facões sairiam das bainhas, o charque assaria nas fogueiras, Garibaldi reencarnaria em algum imigrante italiano, o Veríssimo (que já está melhor) faria crônicas arrebatadoras, a torcida do Inter fecharia as fronteiras e o Renato Borghetti tocaria o hino farroupilha com sua gaita de ponto. Se fosse no Rio Grande, haveria luta. Mas a perda é do Rio Pequeno, o Rio de Janeiro. 
O Rio de Janeiro começou a ficar pequeno na década de 1960, com a mudança da capital para Brasília e, de lá pra cá, a situação só piorou. Perdemos na política, perdemos na economia, perdemos na segurança, perdemos na referência. Ah, sim, continuamos como a capital cultural do país, mas dividimos esse royalty com a violência, sempre pontificada mundo afora como nossa maior mazela. Sem falar em outros problemas graves, como a falta de saneamento, a saúde sucateada e um obsoleto sistema de transportes. Mas o que esperar agora, quando deixaremos de arrecadar R$ 3 bilhões já em 2013, sendo que esse valor anual deverá duplicar até 2019? 
Permitam-me responder: não devemos esperar. Se o “Veta, Dilma” não acontecer, está na hora de pensarmos em sair da Federação. Tomemos, pois, o Palácio Guanabara, torcendo para que o governador se junte a nós assim que chegar de Paris. Independência já! Queremos o Rio de Janeiro fora do Brasil. Se não temos chimarrão, podemos servir um chope gelado nas barricadas, acompanhado de um torresminho, claro, porque ninguém é de ferro. E, na falta do Renato Borghetti, reencarnamos a alma do Dicró no corpo sarado do Zeca Pagodinho, além de chamar a bateria do Salgueiro pra manter a cadência da Revolução.  
O Arnaldo Jabor pode aparecer no jornal da noite para incendiar os intelectuais, a Miriam Leitão explica os gráficos e o Zuenir Ventura reúne a cidade partida, quer dizer, o estado partido. A raça rubro-negra ocupa a fronteira com São Paulo, a Young Flu toma a divisa com Minas e as caravelas vascaínas protegem nossos mares petrolíferos. Todos os pilotos de asa-delta serão chamados para a força aérea. As garotas de Ipanema serão convocadas para o serviço de inteligência. Os moderninhos do Leblon ficarão na retaguarda. Na Serra, no Norte Fluminense e na Costa Verde, milhares de voluntários se levantarão contra a injustiça, tomando o destino do povo em suas mãos enrugadas pelas enchentes do ano retrasado, já que não terão mais verbas para reconstruir as cidades.
Chegou a hora. Queremos o Rio de Janeiro fora do Brasil. E se você acha que tudo isso é uma piada, espere até ter sua aposentadoria cortada, seus filhos sem emprego e seu município em permanente estado de calamidade pública. Infelizmente, meu amigo, esse é um caso concreto de: independência ou morte.
Ou assunto pra mais um chopinho na praia.
*  Felipe Pena, jornalista, é escritor e professor da Universidade Federal Fluminense, com pós-doutorado em semiologia da imagem pela Universidade de Paris – Sorbonne III, além de autor de 12 livros, entre eles o romance 'Fábrica de diplomas'.

Pezão, o cara de pau, defende a Delta


O vice-governador Luiz Fernando Pezão, na maior cara de pau, defende a Delta. Acho que é a certeza da impunidade. 
Leiam esta reportagem de Caio de Menezes para o Jornal do Brasil:  
Ao visitar a Favela Santa Marta, em Botafogo (Zona Sul) nesta quinta-feira, o vice-governador Luiz Fernando 'Pezão' transformou-se em advogado de defesa das muitas contratações que o governo do Rio de Janeiro fez com a construtora Delta S/A.
"Competência. A Delta sempre foi uma grande empresa, e ainda trabalha conosco no Lote 4 do Arco Metropolitano. No Rio, ela sempre entregou suas obras num custo bem mais baixo. Não vejo problema nenhum. Eles têm preço muito bom", disse o fiel escudeiro do governador Sérgio Cabral, amigo pessoal do dono da construtora, Fernando Cavendish.
O estado do Rio, conforme consta do Relatório da CPI do Cachoeira e foi divulgado pelo Jornal do Brasil,  é a unidade da federação que mais dinheiro pagou à empreiteira. O faturamento dela em cinco anos e cinco meses da gestão do peemedebista atingiu 1,49 bilhão. Em 2011, foram R$ 302,8 milhões, a maior parte saiu do Departamento de Estradas de Rodagens local (DER-RJ): R$ 98,7 milhões.
"A Delta sempre foi uma grande empresa", afirmou Pezão
"A Delta sempre foi uma grande empresa", afirmou Pezão
Delta inidônea
Pezão, que foi ao Santa Marta lançar o programa 'Tudo de cor para o Rio de Janeiro", que vai colorir algumas casas da comunidade com a ajuda de uma fabricante de tintas, ao defender a empreiteira e considerar que ela tem "competência" parece ignorar sérios problemas que a Delta teve. 
Em junho desta ano, o ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, declarou a Delta inidônea para contratar com a Administração Pública. A decisão se baseia na conclusão do Processo Administrativo aberto na Corregedoria-Geral da União (órgão da CGU) para apurar responsabilidades da construtora em irregularidades apontadas pela Operação Mão Dupla (realizada conjuntamente pela Polícia Federal, CGU e Ministério Público, em 2010) na execução de contratos de obras rodoviárias do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
A empresa de Cavendish teria realizado obras com material de baixa qualidade e superfaturados. Em um dos contratos, ao custo de R$ 4,4 milhões, a Delta deveria recuperar 218 quilômetros da BR-242, na Bahia. Os auditores encontraram evidências de que os registros fotográficos da obra, que comprovariam o trabalho feito, foram forjados. Outros casos, também no nordeste, apontam para o uso de asfalto que "se esfarela com a água", conforme relatório da CGU.
O Tribunal de Contas da União (TCU) por sua vez, apontou irregularidades na obra citada por Pezão: o Lote 4 do Arco Metropolitano. Além dos questionamentos do TCU com relação ao Arco Metropolitano, a empresa teve gravíssimos problemas ao fazer a recuperação de trecho da BR-101, no Estado do Rio, que consumiu R$ 2,3 milhões, e foi feito com asfalto de baixíssima qualidade. 
Coincidência
Em 2010, a empreiteira de Fernando Cavendish doou R$ 1,15 milhão para o diretório nacional do PMDB, de Sérgio Cabral, e R$ 850 mil para o diretório nacional do PT, totalizando R$ 2,3 milhões.

E Dilma vetou

Meu amigo Nelson, o Príncipe Negro, ligou agora há pouco, revelando muita satisfação, para informar que Dilma Roussef vetou a lei aprovada no Congresso (Senado e Câmara) que divide os nossos royalties com todos os municípios e estados brasileiros. 

Na postagem deste blog, ontem, deixei claro que a Presidente iria vetar, no todo ou em parte, o projeto aprovado porque, como o Garotinho mostrou, em diversas oportunidades, é inconstitucional, acirra uma luta indesejada pelas pessoas de bom senso entre os entes federados, é um crime contra o Estado do Rio, o Estado do Espírito Santo e os municípios produtores e não vai melhorar a situação financeira dos demais municípios. 

E Dilma vetou. Agora, o projeto volta ao Senado que poderá manter o veto ou não. Caso queira rejeitar o veto, segundo informou Garotinho em seu blog, o Senado tem que, primeiro, apreciar os cerca de 150 vetos anteriores que estão na gaveta para serem votados. Segundo o deputado, legalmente não há como dar prioridade ao veto de hoje da Dilma Roussef. Então, tudo continua como está. Por enquanto. 

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Dilma deverá manter os contratos dos royalties

Amanhã, dia 30, sexta-feira, é um dos mais importantes para a nossa história recente, pois findará o prazo para que a Presidente da República, Dilma Roussef, sancione ou vete a lei aprovada pelo Congresso que divide os nossos royalties por todos os municípios e estados brasileiros. A Presidente também pode vetar parcialmente a lei, mantendo os contratos em vigor.

Ontem, uma notícia que revela o bom senso da Presidente: ela declarou que o seu governo vai respeitar os contratos. Deixou claro que vetará em parte o projeto para manter os contratos em vigor e dividir pelo país os royalties do pré-sal. 

As palavras de Dilma Roussef na cerimônia de ontem no Palácio do Planaldo sobre as novas regras do programa Brasil Carinhoso parece não deixar margem a dúvidas: "É fato que nós defendemos o crescimento e a estabilidade da economia. É fato que defendemos o rigoroso respeito aos contratos. É fato que o estimulo aos investimentos produtivos e a ação rigorosa em prol da indústria brasileira é uma das nossas prioridades". 

Por certo ela vai evitar que haja alteração nas regras de divisão das receitas de exploração em vigor nos campos já licitados.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Caso Rubens Paiva torturado e assassinado pela ditadura


O advogado e empresário Rubens Paiva foi preso pelos órgãos de repressão da ditadura em 1971. Desapareceu e durante anos a família, amigos e defensores dos direitos humanos acusaram o governo de tê-lo matado. Quando Brizola assumiu o governo do Estado, em 1983, houve uma série da boatos de que ele foi esquartejado e cada pedaço foi enterrado num lugar diferente. O governo mandou cavar em diversos locais, inclusive na praia, nos quais supunha-se que estariam os pedaços do corpo do advogado. Tudo em vão.

Os militares negaram, sempre, que Rubens Paiva tenha sido preso pelo Doi-Codi (órgão de repressão, perseguição, ameaças, tortura e assassinato). Agora, no entanto, após a morte do famoso coronel Molina, assassinado, a polícia fez busca em sua casa para encontrar pistas dos criminosos. Acabou encontrando em seus arquivos um documento sobre a prisão de Rubens Paiva. Leia abaixo a matéria da Folha de São Paulo: 

Uma das filhas do ex-deputado desaparecido Rubens Paiva recebeu nesta terça-feira (27) do governo do Rio Grande do Sul cópias de dois documentos que comprovam que ele esteve detido em uma unidade do DOI-Codi no Rio de Janeiro durante a ditadura militar.
Maria Beatriz Paiva Keller, 52, que tinha dez anos quando o pai sumiu, em 1971, mora na Suíça e passava férias no Brasil quando ficou sabendo que a ficha de entrada de Rubens Paiva no órgão havia sido achada pela Polícia Civil gaúcha nos arquivos de um militar reformado morto em Porto Alegre.

Pedro Revillion/Palácio Piratini/Divulgação
Maria Beatriz Paiva Keller durante ato de entrega de documentos pelo governo do RS
Maria Beatriz Paiva Keller durante ato de entrega de documentos pelo governo do RS
No início do mês, o coronel Júlio Miguel Molinas Dias, 78, foi morto a tiros na capital gaúcha. A investigação recolheu documentos da casa dele para tentar encontrar uma pista dos criminosos. A polícia acabou localizando nos arquivos o ofício sobre o ex-deputado e papéis sobre o atentado do Riocentro, em 1981.

"A família ainda não sabe onde ele foi enterrado e eu temo pela verdade", disse Maria Beatriz, que é funcionária da Embaixada do Brasil em Berna.

Na cerimônia, emocionada, a filha falou que o mistério do desaparecimento é uma história inacabada, como um "filme que não tem fim". Mais tarde, a jornalistas, defendeu um plebiscito sobre a Lei da Anistia, que impede punição por crimes cometidos durante o regime.

É a primeira vez que surge uma prova documental de que Paiva esteve no DOI-Codi, órgão de repressão da ditadura. Anteriormente, havia apenas testemunhos da presença dele no local.

A íntegra dos documentos do coronel foi entregue formalmente hoje pelo governador Tarso Genro (PT) à Comissão da Verdade do Estado, instaurada em julho para investigar crimes do regime militar.

O coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Claudio Fonteles, também esteve no evento e recebeu cópias de todos os papéis.

Nesta terça-feira, foram divulgadas apenas cópias de ofícios envolvendo o caso Rubens Paiva. Além da cópia da ficha, há um manuscrito informando que os pertences do carro do ex-deputado foram retirados por um oficial identificado como "capitão Santabaia".
Os papéis serão analisados pelas duas comissões e ainda não há um prazo para a divulgação completa. (FELIPE BÄCHTOLD)
Pedro Revillion/Palácio Piratini/Divulgação
Documentos entregues pelo Governo do Estado do RS à Comissão da Verdade
Documento entregue pelo Governo do Estado do RS à Comissão da Verdade

Servidor homossexual ganha licença maternidade


Os costumes mudam com o tempo. E as leis asseguram os costumes novos, principalmente quando favorecem uma melhor convivência entre os seres humanos e/ou quando se trata da relação animais racionais/animais irracionais e humanos/natureza. O caso abaixo, publicado pela Folha de São Paulo, merece registro: 

Um servidor público de Campo Grande, que mantém uma união homossexual, conseguiu o direito a licença-maternidade integral na Justiça do Mato Grosso do Sul.

O funcionário, que não teve o nome divulgado, tem a guarda judicial conjunta de uma criança de menos de um ano. Por causa da tutela, ele conseguiu obter 120 dias de licença, prorrogável por mais 60 dias. O pedido foi concedido ontem pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região.

O relator do processo afirmou, em sua decisão, que "é razoável a alegação de que importaria [...] impedir a criança do necessário convívio e cuidado nos primeiros meses de vida, sob o fundamento de falta de previsão constitucional ou legal para a concessão de licença no caso de adoção ou de guarda concedidas a casal homoafetivo".

De acordo com a advogada responsável pelo caso Tânia Regina Cunha, o companheiro do servidor --que trabalhada no TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral do Estado)-- não terá direito à licença porque trabalha como autônomo e não é filiado à Previdência Social.

Seguranças de Cabral batem em manifestantes

Garotinho publica fotos em seu blog que a imprensa do Rio negou-se a divulgar

Esse é o lado triste da passeata dos royalties que, claro, as pessoas só tomaram conhecimento porque a imprensa paulista noticiou. Quando Cabral chegou à Avenida Rio Branco não deu sorte e saltou do microônibus perto de um grupo que usava guardanapos na cabeça e carregava cartazes onde se lia "Fora Cabral". 

Foi o suficiente para a segurança receber ordem para tirar os manifestantes à força. Lamentavelmente pessoas foram espancadas pelos seguranças de Cabral. Eis que chega o deputado Eduardo Cunha (PMDB) na hora da confusão. Os seguranças enfurecidos chutando e dando socos a esmo nem perceberam que era Eduardo Cunha que acabou tomando um sopapo perdendo os óculos. E olha que o deputado apesar de ser amigo da Gangue dos Guardanapos não estava de guardanapo na cabeça. 

Aliás, aproveito para daqui expressar toda a minha solidariedade ao deputado Eduardo Cunha, que é meu adversário e me ataca, mas é inadmissível um parlamentar levar sopapo da segurança do governador. Me contaram que o deputado ficou atordoado. 

Mas abaixo vocês poderão ver duas fotos da Agência Globo de Imagens, que não foram publicadas nos jornais, mas mostram os seguranças e policiais militares batendo com cassetete num manifestante com um guardanapo na cabeça, e outra onde poderão ter noção do exército de seguranças que Cabral levou para a passeata (estão de camisa amarela). Fora os policiais militares e a sua equipe pessoal de segurança à paisana. 


Fotos da Agência Globo de Imagens (não publicadas nos jornais das Organizações Globo)
Fotos da Agência Globo de Imagens (não publicadas nos jornais 

O Porto continua Seguro

Certa vez ouvi de um amigo meu, que acabara de ser alçado ao poder: "descobri uma coisa após ter assumido. O poder pode tudo!" Os anos e as décadas foram passando e hoje, já velho e mais próximo da cova, concluo que é verdade. O poder pode tudo. 

No episódio do Mensalão, o poder blindou Lula. E, quando quis, condenou alguns. No caso da CPI do Cachoeira, o poder agiu como quis. E só vai investigar Cavendish, Cbral e Paes quando quiser. Neste caso recente da Polícia Federal, a Operação Porto Seguro, o poder mantém a blindagem de Lula. Claro que, sem a Presidência, Lula não tem a força de antes e recebe "avisos" como ameaças veladas. Mas a blindagem se mantém. 

Segundo reportagem da Folha de São PauloO governo entrou em campo e conseguiu impedir nesta terça-feira (27) a aprovação do convite para Rosemery Nóvoa de Noronha, ex-chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo, prestar depoimento na Comissão de Fiscalização Financeira do Senado. Líderes governistas convenceram senadores do grupo dos chamados "independentes" a não votar o convite, que também incluía os irmãos Paulo e Rubens Vieira e o ex-advogado-geral adjunto da União José Weber Holanda.


Com o acordo, os requerimentos que convidam Rosemary, Weber, Paulo e Rubens Veira vão ficar "sobrestados" - o que significa que não entrarão na pauta da comissão até uma nova decisão dos autores do requerimento. Pelo regimento do Senado, os servidores de segundo escalão do governo só podem ser convidados, e não convocados a depor.

"Em diálogo com as lideranças da maioria nesta Casa, acordamos a apreciação dos requerimentos dessa forma", disse o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).
Julia Moraes - 27.nov.2008/Folhapress
Rosemary Novoa de Noronha, afastada da chefia de gabinete da Presidência da República em São Paulo
Rosemary Novoa de Noronha, afastada da chefia de gabinete da Presidência da República em São Paulo
Líder do PSDB, o senador Álvaro Dias (PR) reclamou do acordo firmado com os governistas. O tucano também era autor de outro requerimento que convidava Rosemary e servidores suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção.

"Eu sou contra isso tudo e voto a favor dos requerimentos com os convites", afirmou.

O senador Eduardo Braga (PMDB-AM), líder do governo, confirmou o acordo ao afirmar que a decisão do governo é "esclarecer tudo sem que haja prejulgamento" das denúncias de tráfico de influência e venda de pareceres - em esquema descoberto pela Operação Porto Seguro, da Polícia Federal.

Os governistas também conseguiram transformar em convite, não em convocação, o requerimento para que o ministro Luís Inácio Adams (Advocacia Geral da União) fale à Comissão de Fiscalização Financeira do Senado. Também foi transformado em convite o pedido para que os diretores-gerais da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e ANA (Agência Nacional de Águas), Marcelo Guaranys e Vicente Grillo, prestem depoimento à comissão.




200 mil em defesa dos nossos royalties

Estado/RJ - Tania Rego / ABr
Ato público foi realizado nesta segunda no Centro do Rio de Janeiro

Sem discurso político (um contra-senso, pois o ato foi político e acabou virando festivo) cerca de 200 mil pessoas participaram, nesta segunda-feira (26/11), no Centro do Rio, da manifestação contra as novas regras de distribuição dos royalties do petróleo aprovadas pela Câmara dos Deputados, no início do mês.
O movimento “Veta, Dilma. Contra a injustiça. Em defesa do Rio”, que contou com uma caminhada da Candelária até a Cinelândia e continuou com a leitura de um manifesto e shows em um palco montado ao lado do Teatro Municipal, recebeu o apoio de autoridades, artistas, atletas e organizações não-governamentais e autoridades governamentais, sendo realizada nos mesmos moldes que em 2010, sem discursos políticos.
De Campos, além das centenas de pessoas que foram em 60 ônibus e dezenas de carros particulares, as lideranças políticas fizeram-se presentes, com destaque para a ex-governadora e atual prefeita (reeleita) Rosinha Garotinho (a primeira a lutar contra a perda dos royalties) e o ex-governador e atual deputado federal Garotinho (na foto abaixo, com a filha, deputada estadual, Clarissa Garotinho.
Garotinho, Rosinha e Clarissa no palanque da Cinelândia; abaixo reprodução da Veja online

Segundo a imprensa havia umas 200 mil pessoas na passeata. Eu sinceramente não posso nem dar palpites porque estava lá no meio com Rosinha e Clarissa (mais tarde publicaremos mais fotos). Mas o que interessa neste caso não é o número de pessoas, mas sim que o Rio de Janeiro se uniu em defesa dos royalties. Havia grupos de todos os segmentos sociais, desde empresários e executivos até gente humilde, de todas as idades, da capital, do interior. E com o apoio dos governos do Espírito Santo, o governador Renato Casagrande participou da passeata, e de São Paulo, o secretário José Anibal representou o governador Geraldo Alckmin. 

A Veja online destaca que adversário político, prováveis candidatos ao governo do Rio em 2014 caminharam juntos, no caso eu, Lindberg e Pezão. Da minha parte quem acompanha o blog sabe que eu sei diferenciar as coisas. O confronto político tem a hora certa para acontecer, faz parte da democracia, mas existem momentos em que isso tem que ser deixado de lado. Conversei até com adversários políticos, mais tarde vocês vão ver fotos. O que interessa neste momento é defender o Rio de Janeiro. 

Em tempo: Só fazendo uma retificação à Veja online, a passeata não foi convocada por Cabral, foi uma iniciativa da bancada federal do Rio. Cabral nem queria a passeata. Até o Globo noticiou que ele voltou atrás. 
(Sobre matérias do site Ururau e do Blog do Garotinho)


segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Lula terá apoio para blindagem no caso da Porto Seguro?

Blindaram Lula no caso do Mensalão, porque ele não sabia de nada. Porém, a qualquer momento essa blindagem pode ser quebrada, vazada... agora, sem a caneta, pode ser que ele não consiga apoio para a blindagem no caso da Operação Porto Seguro. Se não perder "Dona Mariza" nesse episódio da Rosa, ela é que será o único porto seguro para o ex-Presidente. A coisa tá feia!  

Escola na Suécia estimula igualdade de gênero


Numa pré-escola de Estocolmo, os professores evitam usar os pronomes "ele" e "ela". Em vez disso, chamam seus 115 aluninhos de "amigos". O uso dos pronomes masculinos ou femininos é tabu. Eles são substituídos pelo pronome "hen", palavra sem gênero que a maioria dos suecos evita, mas que é usada em alguns círculos gays e feministas.

A biblioteca da escola tem poucos contos de fada clássicos, como "Cinderela" ou "Branca de Neve", com seus estereótipos masculinos e femininos. Mas há muitas histórias sobre pais solteiros, crianças adotadas ou casais do mesmo sexo.

As meninas não são incentivadas a brincar com cozinhas de brinquedo, e os blocos de montar não são vistos como brinquedos para meninos. Os professores são orientados a tratar os meninos, quando eles se machucam, com o mesmo carinho que dariam às meninas. Lá, todo mundo pode brincar com bonecas.

A Suécia é famosa por sua mentalidade igualitária. Mas essa pré-escola financiada pelos contribuintes, conhecida como a Nicolaigarden -o nome vem do santo cuja capela ficava no prédio que hoje é da escola-, talvez seja um dos exemplos mais contundentes dos esforços do país para apagar as divisões entre os gêneros.

Malin Engleson, funcionária de uma galeria de arte, estava buscando sua filha na escola e comentou que as crianças são ensinadas ali "que meninas podem chorar, mas meninos também podem". "Foi por isso que escolhemos essa escola", prosseguiu. O modelo vem sendo tão bem sucedido que, dois anos atrás, três professores da Nicolaigarden abriram uma escola distinta nos mesmos moldes, que agora tem quase 40 alunos. Chamada Egalia, para sugerir igualdade, a nova escola fica no bairro de Sodermalm.

O que hoje desperta o entusiasmo dos professores começou com um empurrãozinho dos legisladores suecos, que em 1998 aprovaram uma lei exigindo que as escolas garantissem oportunidades iguais para meninos e meninas.

Uma crítica persistente do modelo vem sendo a matemática Tanja Bergkvist, da Universidade Uppsala, cujo blog lança ataques frequentes à "insensatez de gênero" na Suécia. Num artigo escrito para o jornal "Svenska Dagbladet", ela questionou se as crianças não estariam "recebendo uma lavagem cerebral já aos três meses de idade". Em passeios da escola, indagou ironicamente, "o que os professores fazem quando uma menina vai colher flores enquanto um garoto coleciona pedras?".

Para Carl-Johan Norrman, 36, que trabalha na Nicolaigarden há 18 meses, essas críticas "partem da ideia equivocada de que queremos converter menininhos em menininhas".

O governo de Estocolmo é a favor da política de gênero. "O importante é que as crianças tenham as mesmas oportunidades, independentemente de seu sexo", explicou Lotta Edholm, vice-prefeita responsável pelas escolas. "É uma questão de liberdade."

Para ela, os pais sempre terão um papel maior do que a escola ou a creche no desenvolvimento de seus filhos. "A pré-escola ocupa as crianças algumas horas por dia", disse ela. "As crianças tendem a adotar os valores dos pais."

(Matéria da Folha sobre reportagemde John Tagliabue do New York Times)

Rogério Bicudo no Teatro de Bolso em dezembro



Sexta 14 dezembro – 19:00 H
Teatro de Bolso Procópio Ferreira
Av. Quinze de Novembro 35 , Campos dos Goytacazes

Rogério Bicudo, artista reconhecido internacionalmente pelo seu talento no cenário musical, dispensa apresentações em Campos, sua cidada natal.                                                   
O compositor-violonista, e também cantor apresenta neste show um programa com seu mais recente trabalho autoral e clássicos da MPB interpretados com elegância e a sempre fascinante qualidade de suas apresentações. 
Uma mistura única de sambas autorais que são verdadeiras crônicas sociais que  vão desde letras socialmente críticas tais como o belíssimo samba ‘O Grito’ com o parceiro Renato Fialho até ao inteligente e bem humorado ‘Perdão de Mulher’ com o parceiro, também campista, Albinho.
Um show de música popular muito animado e intenso também , promete Rogério Bicudo que mais uma vez deixa o inverno holandês por algum tempo para curtir o verão brasileiro e, claro, apresentar-se na sua cidade natal. 

Lá como aqui: Sandy revelou a miséria nos EUA


Lá como aqui, embora a desigualdade no Brasil, uma das maiores economias do mundo, seja infinitamente maior que a dos EUA. De qualquer maneira, vale a conferida nessa reportagem do New York Times reproduzida pela Folha de São Paulo sobre os "efeitos sociais" da "Tempestade Sandy" , lembrando que o furacão Catarina já havia revelado a pobreza e miséria de muitos americanos.

A tempestade Sandy separou os nova-iorquinos que têm eletricidade, calefação e as muitas outras certezas da vida moderna dos que não têm. Ficaram mais visíveis as linhas divisórias de uma cidade há muito tempo fraturada por classe, raça, etnia, geografia e cultura. Ao lembrar essas divisões, a tempestade provocou a esperança de que elas pudessem ser superadas.

Os nova-iorquinos mais privilegiados desencavam uma profunda culpa das pilhas de roupas doadas quando ficam cara a cara com a pobreza tão perto de casa, que já existia antes da tempestade. Os que procuram ajuda temem que seus benfeitores tenham algum interesse voyeurístico em seu sofrimento, "como se estivéssemos em um zoológico", disse um morador de um conjunto habitacional em Rockaway.

Embora o bem praticado seja inegável, o clima de superação de lacunas tem um súbito tom melancólico para alguns, nos dois lados, que têm a certeza de que o momento é passageiro.
De seu apartamento em Manhattan, onde ficou sem energia durante vários dias, Kelly Warren, 48, e uma amiga carregaram 500 pares de meias e roupas íntimas novos, comprados no Walmart, para moradores de Rockaway. "Vim dirigindo meu Lexus até aqui", disse Warren, revelando sua autoconsciência enquanto as pessoas vasculhavam as roupas doadas. "Eu pensei: graças a Deus que o carro está sujo."

Uma cena semelhante se desenrolava à sombra das Red Hook Houses, um projeto habitacional com quase 3.000 apartamentos. Marcada não apenas pela desigualdade de renda generalizada, mas também pela marcha constante das reformas e da invasão da classe média nessa área antes decadente, alguns acharam difícil aceitar a ajuda dos mesmos jovens que estão pagando mais para morar aqui, expulsando antigos moradores do bairro. Perceber que esse grupo demográfico, há muito tempo considerado o vilão, se importava foi igualmente difícil para alguns moradores.

"Eles falam mal dos brancos há tanto tempo que se sentem envergonhados", disse Al Pagan, 46, enquanto olhava os voluntários ajudarem seus vizinhos. "Eles começam a perceber que os brancos são seres humanos como nós."

Momentos de entendimento surgiram não apenas ao longo das linhas da raça, mas também nas fronteiras menos evidentes de classe e cultura. Enquanto vários jovens de uma empresa de consultoria em Manhattan, um deles usando uma camiseta da Universidade Princeton, demoliam um piso destruído, qualquer tensão pareceu ser descartada com o primeiro carrinho de entulho. Alguns voluntários entraram na área mais frágil de aplicar seus próprios valores às pessoas a quem estão ajudando.

Enquanto distribuía fraldas e caixas de comida para bebê, Bethany Yarrow, 41, uma cantora folk de Williamsburg que se apresentou como voluntária com outros pais da escola particular que seus filhos frequentam, disse estar chocada com tantas mães pobres na região de Arverne que não amamentam. Ela disse que o grupo está trabalhando para trazer uma consultora de lactação. "Isso não é apenas dar algumas fraldas e voltar para casa", disse.

Esse tipo de reação irritou Nicole Rivera, 47, que vive em um conjunto popular em Arverne. "É triste, às vezes é um pouco degradante", disse. Rivera disse que está agradecida pela ajuda, mas que as pessoas brancas de classe média e alta a deixam com raiva.

"A única vez em que vocês nos reconhecem é quando há um desastre", disse. "Por que esperar pela tragédia? As pessoas sofrem todos os dias aqui."

(Trecho de reportagem de Sarah Maslin Nir para o New York Times)

Magistrados serão investigados

O ministro Joaquim Barbosa quer apurar desvios de magistrados 



Na pauta da primeira sessão plenária sob o comando do novo presidente do Conselho Nacional de Justiça, ministro Joaquim Barbosa, nesta terça-feira (27/11), estão várias sindicâncias da Corregedoria para apurar suposta incompatibilidade entre o rendimento e o patrimônio de magistrados.

Segundo a assessoria de imprensa do órgão, serão examinados procedimentos que tiveram o julgamento suspenso em sessões anteriores por pedido de vista dos conselheiros, entre eles diversos casos de suspeita de nepotismo.

Entre os 29 itens remanescentes de sessões anteriores, há o pedido da Corregedoria-Geral de Justiça do Estado de Sergipe para que o CNJ defina se as investigações preliminares de infração de magistrados devem ser sigilosas ou não.

(Matéria extraída da Folha de São Paulo)

domingo, 25 de novembro de 2012

Venda de computador cai mas a de Tablets sobe


As vendas de computadores no Brasil estão estagnadas, segundo a Abinee (associação do setor). De janeiro a setembro, a comercialização de PCs cresceu apenas 1% ante igual período de 2011, com 11,8 milhões de unidades que incluem produção nacional e uma pequena parte importada.

"Já chegamos a ter crescimentos de 15% e até de 20% nos últimos anos. Isso é reflexo do sentimento de cautela do consumidor devido à crise internacional", diz Hugo Valerio, diretor da Abinee. A indústria já sente o avanço modesto, mas espera reação do comércio no Natal, segundo o executivo.

A queda está concentrada nos computadores de mesa (-12%), com apenas 5 milhões de unidades vendidas. Os notebooks registraram aumento de 13%.
"Os desktops recuaram, mas isso é uma tendência em razão da mobilidade dos notebooks que estão com capacidade cada vez maior", diz. O mercado de tablets, por outro lado, avançou 188%.

"O crescimento é grande porque é um produto novo. Muitos compram achando que vai substituir o PC, mas depois percebem que é um dispositivo com funções mais restritas", afirma.

Os celulares tradicionais também tiveram retração, de 29%, enquanto os smartphones cresceram 74% e passaram a representar 26% do total de telefones móveis.

(Coluna Mercado Aberto da Folha de São Paulo)

Boris Casoy fala merda e paga indenização a gari


O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) publicou condenação ao jornalista Boris Casoy e a TV Bandeirantes, que deverão pagar R$ 21 mil de indenização por danos morais ao gari Francisco Gabriel de Lima.
A ação considerou improcedente o pedido de apelação da emissora, que defendia não ter responsabilidade pela fala de Boris Caso - na noite de 31 de dezembro de 2009, após a transmissão de uma vinheta em que o gari desejava Feliz Natal, disse, acreditando estar fora do ar: "que merda: dois lixeiros desejando felicidades do alto da suas vassouras. O mais baixo na escala do trabalho". O áudio foi ao ar por conta de uma falha técnica.
No dia seguinte à transmissão do telejornal, Boris Casoy se retratou sobre o comentário, que definiu como "uma frase infeliz" e se desculpou no ar. "Peço profundas desculpas aos garis e a todos os telespectadores", afirmou à época.
Para o TJSP, "ainda que sinceras", as desculpas de Boris Casoy não reparavam o dano causado ao gari. Para o relator do processo, Lima "avisou aos familiares que iria 'aparecer na televisão' naquele dia e, infelizmente, juntamente com sua imagem e mensagem de boas-festas, vieram os comentários" do jornalista.
Condenação ocorreu por conta de áudio que foi ao ar por falha técnica
Condenação ocorreu por conta de áudio que foi ao ar por falha técnica
Para a emissora, o jornalista "emitiu opinião própria e desvinculada da edição do Jornal da Band". Além disso, alegou não ter controle sobre o que é dito pelos âncoras em transmissões ao vivo.
A Justiça, no entanto, entendeu que existe, sim, co-responsabilidade sobre a indenização. "São civilmente responsáveis pelo ressarcimento de dano, decorrente de publicação pela imprensa, tanto o autor do escrito quanto o proprietário do veículo de divulgação", escreveu o relator ao negar o pedido da emissora.
(Matéria do Jornal do Brasil)

Filho de Ciro Gomes é detido com drogas e bebidas


O filho do ex-ministro Ciro Gomes foi preso na manhã deste sábado (24) depois de se envolver em um acidente de trânsito na área nobre de Fortaleza (CE). De acordo com a Polícia Militar, logo após a colisão no cruzamento das ruas Idelfonso Albano e Costa Barros, o rapaz teria agredido o condutor do outro veículo e com a chegada da primeira viatura da PM, tentado subornar os agentes.
Ele foi conduzido ao 2° Distrito Policial, na Aldeota, com drogas, bebidas alcoólicas e copos encontrados no veículo que dirigia. Assim que recebeu a notícia, Ciro Gomes seguiu para a delegacia, onde acompanhou o depoimento do jovem sobre o caso. Enquanto isso, na recepção do prédio, um major da PM exigiu que a imprensa deixasse o local sob pena de prisão por desacato.
(Matéria extraída do JB)
(Nota: políticos importantes sofrem com filhos arrogantes e oportunistas. Figueiredo, Fernando Henrique, Lula, para citar apenas alguns  presidentes que sofreram com seus filhos).  

Wesley autografa seu livro dia 27, na Bienal

Wesley autografa seu livro dia 27 no estande da Vozes

O jornalista Wesley Machado vai autografar seu livro sobre os 100 anos do Campos Atlético Associação no estande da Editora Vozes, na Bienal do Livro, dia 27, terça-feira. Fruto de sua monografia de conclusão de curso, o trabalho foi reelaborado, com acréscimo de dados e entrevistas importantes para a disponibilização para o público.

A obra de Wesley, por sua importância para o mundo do futebol, tem sido divulgada em sites especializados do Rio de Janeiro e, com certeza, não só os que se interessam pela história do futebol campista, mas aqueles que apreciam uma boa leitura sobre a nossa terra e a nossa gente, terão um exemplar do livro em suas estantes.  

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

A Câmara terá três Marias - fato inédito

No livro que vou lançar em dezembro, sobre os 360 anos da Câmara de Campos, dedico um trecho especial para citar as mulheres vereadoras. Elas, que tiveram o direito de voto em 1932, só foram eleitas, quando Hermeny Coutinho, em 1970, venceu o pleito. Primeira mulher a ser eleita e a única negra eleita até hoje. Um feito histórico.

Em 1972, a eleita foi Antonia Leitão. Depois, só em 1997 é que a Câmara contou com mulheres eleitas - Beth Couto e Maria da Penha Oliveira Martins. Em 1991, Ivete Guerra Marins, suplente, assumiu a cadeira deixada por Paulo César Martins, que se elegeu deputado estadual. Em 1996, Beth Couto, suplente, assumiu a cadeira deixada por Edson Coelho dos Santos, que faleceu no fim daquele ano.

Em 2000 só Maria da Penha Martins foi eleita, sendo reeleita em 2004, 2008 e 2012. Em 2010 assume a cadeira deixada por Renato Barbosa, que faleceu em acidente de trânsito, a suplente Odisseia Carvalho. E pela primeira vez a Câmara contou com três mulheres vereadoras, quando Ilsan Viana assumiu a vaga (que estava sendo disputada na Justiça) de Ederval Venâncio.

Agora, em 2012, um fato inédito e curioso: três mulheres são eleitas e todas três de pré-nome Maria. São Elas: Maria Auxiliadora Freitas Martins, Maria Cecília Lysandro de Albernaz Gomes e Maria da Penha Oliveira Martins.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Cabral quer manifestação sem discurso

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, segundo informou o jornal O Dia, não quer discurso político no "palanque dos royalties", segunda-feira, dia 26. A mesma coisa que fez em 2010 e que foi um ato vergonhoso. Não há como reunir uma multidão, de gente oriunda de muitos municípios do Estado, para nada. O povo que participa de manifestações quer ouvir o que tem a dizer seus líderes. 

Pode até ser que compareça muita gente, pois a luta é justa e a mobilização será ampla. Mas enquanto manifestação política será um fracasso se não houver discursos.  Segundo Garotinho, Cabral não quer discurso por duas razões: uma, teme a vaia do povo; duas, teme que Garotinho fale empolgando a platéia. Vergonhoso!

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Cachoeira em liberdade


Sergio Lima/Folhapress

"Não falarei nada aqui", disse Cachoeira ao "depor" na CPI

A Justiça do Distrito Federal condenou nesta terça-feira (20) o empresário Carlos Augusto Ramos, o Cachoeira, a cinco anos de prisão em regime semiaberto.

Ao proferir a sentença, assinada às 18h02 desta terça, a juíza Ana Claudia de Oliveira Costa Barreto determinou a soltura de Cachoeira, que está preso há 266 dias. "Julgo que não mais subsiste a necessidade de segregação cautelar", argumentou. A defesa informou que vai recorrer da decisão.

Segundo o Código Penal, a pena em regime semiaberto deve ser cumprida em uma colônia penal, mas também permite que o condenado durma na colônia e trabalhe ou estude fora em cursos de segundo grau ou superior. Se não houver colônia onde o réu vive, ele pode migrar para o regime aberto. Nele o condenado teria de dormir em albergues --que também são raros e lotados no Brasil. Na prática, o condenado recebe a liberdade condicional: fica livre (mas sem direitos políticos ou possibilidade de viajar), tendo de se apresentar regularmente à Justiça.

A sentença é decorrente da Operação Saint-Michel, deflagrada pelo Ministério Público do Distrito Federal e que investigou tentativas de fraudes no sistema de bilhetagem do transporte público do Distrito Federal. Por causa deste processo, Cachoeira permanecia preso no Presídio da Papuda, em Brasília.

Essa operação foi um desdobramento da Monte Carlo, deflagrada pela Polícia Federal em fevereiro e que o levou à cadeia no dia 29 daquele mês. As investigações da Monte Carlo acabaram gerando a CPI do Cachoeira, que deverá ser encerrada nesta semana com a leitura de seu relatório final.

O Tribunal de Justiça iria julgar um pedido de liberdade da defesa de Cachoeira na próxima quinta-feira. Ocorre que a juíza Ana Cláudia de Oliveira, da Quinta Vara Criminal, antecipou a sentença. Ela condenou Cachoeira a dois anos de reclusão por formação de quadrilha e a três anos por tráfico de influência, além de 50 dias multa. "O grau de reprovabilidade da conduta do réu é elevado na medida em que não se inibe em desrespeitar o patrimônio público para enriquecimento próprio", diz trecho da sentença assinada por ela.

O ex-diretor da Delta Construções Cláudio Abreu foi condenado a três anos e seis meses, mesma pena aplicada a outro ex-diretor da empresa, Heraldo Puccini Neto. Para eles, a juíza estabeleceu o regime inicial aberto.

Apontado como braço-direito de Cachoeira, Gleyb Cruz foi condenado a quatro anos e três meses. Assim como Cachoeira, ele estava preso e a juíza mandou libertá-lo para cumprir a pena em regime semiaberto.

O contador do esquema, Geovani Pereira da Silva, único foragido até agora, pegou três anos e seis meses de reclusão.
(Folha de São Paulo)

Manifestação pelos royalties


Recebi do professor Suledil Bernardino a seguinte postagem: 
Boa Noite!
Estamos com a espada sobre a nossa cabeça imposta pela Câmara Federal que nos tirou o direito dos royalties do petróleo. Diante desse fato precisamos lutar pela sobrevivência da nossa cidade. Por isso, na próxima segunda-feira contamos com sua participação na mobilização e presença no Ato Público a ser realizado no dia 26 de novembro na cidade do Rio de Janeiro.

Organize a sua caravana com pessoas conscientes de que vamos participar de uma luta. Procure pessoas do seu local de trabalho, familiares e amigos para  juntos darmos um grito de socorro para que a Presidente Dilma venha vetar esse projeto de lei aprovado e que agora gera uma grande instabilidade sobre toda a Campos, Região e Estados produtores de petróleo.

Lembre-se: Quem cala consente!

Por isso é hora de deixarmos o comodismo, as diferenças políticas e unirmos todos em defesa dos nossos royalties.

CAMPOS NÃO PODE PARAR!

Vamos à luta!


Livro sobre os 100 anos do Campos Atlético Associação na Bienal


(Foto: Oguianne Sardinha)
Wesley, na noite de autógrafos na sede do CAA na solenidade de seu centenário

O jornalista Wesley Machado lança na terça-feira (27), às 19 horas a 2ª edição revisada e ampliada do livro “Saudosas Pelejas – A História Centenária do Campos Athletic Association”, no Centro de Eventos Populares Osório Peixoto (Cepop) na 7ª Bienal do Livro de Campos. O livro, que foi pré-lançado nas comemorações do centenário do clube no dia 21 de outubro, ganhou mais 32 páginas – agora são 192 - de fichas técnicas, fotos e histórias.
Publicado pela Grafimar, o livro tem apresentação de Afonsinho, articulista da “Revista Carta Capital” e prefácio de Péris Ribeiro. A capa foi feita pelo artista plástico Fernando Luiz e a diagramação coube ao designer Enockes Cavalar. “Saudosas Pelejas” teve colaboração de Eduardo Ribeiro e Wilson Carlos, respectivamente, na escrita e na complementação da pesquisa.
Abaixo, um trecho do livro:
O Futebol chega a Campos dos Goytacazes
O uruguaio Eduardo Galeano, um intelectual de esquerda, com a primeira citação acima, considera que o futebol aliena os trabalhadores. Seria o ópio do povo, numa referência ao princípio marxista que critica a religião no século XVIII. Em contrapartida, Guy Debord na citação seguinte, afirma que o esporte das massas possibilita aos operários participarem da história como atores principais. Análogo ao que pensa George Orwell, autor de 1984, que disse: “O futebol é a continuação da guerra por outros meios. É uma mímica da guerra."
                No final do século XIX, o século da história, mais exatamente em 1894, o jogador Charles Miller, de volta de seus estudos na Europa, traz as primeiras três bolas para o Brasil, exatamente para Santos (SP). Segundo Mario Filho, “bolas de pneu número cinco”. Ainda segundo o jornalista, no Rio de Janeiro, o futebol iniciaria em 1896, com o padre Manuel Gonzáles, que “teve de fabricar uma bola de couro cru, mal curtido" e com pêlos de boi. A bola rolou no Colégio São Vicente de Paulo e ficou conhecida pelo nome de ‘peluda’.
Em Campos, o esporte bretão demoraria alguns anos para se desenvolver. A primeira bola teria chegado a gramados goitacás por volta de 1907 e teria sido trazida por artistas de um circo de cavalinhos. Os primeiros passos da arte da pelota foram capitaneados pelo palhaço-músico Alcebíades Pereira, junto a seu cunhado Adolfo Ozon, Piolim e Mesquitinha, entre outros jogadores.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Os transportes em Campos e o problema viário

Se tudo der certo, terei meu livro sobre os 360 anos da Câmara Municipal de Campos lançado em dezembro. Se isso ocorrer,creio que será um bom presente natalino para quem se interessa pela nossa história e para todos que assumiram um mandato de vereador de 1947 a 2012 e estão vivos. Isso porque a obra registra as eleições de prefeitos e vereadores (e os suplentes que assumiram mandatos por diversos motivos) nesse período. A supervisão é da competente Sylvia Paes e a apresentação é de um dos melhores jornalistas da minha geração, Aloysio Balbi.

Um outro livro pronto e que não foi publicado por falta de dinheiro é sobre a história dos transportes em Campos. A obra começa com o boi e o cavalo (no Brasil não havia gado equino e bovino) e mostra a evolução dos transportes, com o carro de boi, os carroções (puxados a cavalo), canoas, velas e vapores, trens, bondes, até os automotores, avões e helicópteros.

Não é uma obra acadêmica e, por isso, de fácil leitura. Aliás, como meus escritos, já que minha preocupação como jornalista é dizer para muitos, embora saibamos que poucos se interessam, não sendo o autor alguém famoso na telinha. 

Como o maior problema urbano das últimas décadas, para além das favelas, é o trânsito, publico aqui para uns poucos curiosos um resumo do trecho onde registro a estatística dos automóveis, lembrando que a abrangência é Campos dos Goytacazes: 


Neste ano de 2012, até o mês de outubro, foram emplacados no DETRAN de Campos dos Goytacazes, 180.170 veículos automotores (em setembro de 2007 eram 119. 621 mil e, em 1999, pouco mais de 60 mil veículos automotores circulavam no município), como discriminado abaixo:


2012                                                              2007
108.479 automóveis ................................. 76.714)
31.451 motos ........................................... 18.071)
9.850 motonetas .........................................4.446)
23 ciclomotores .............................................. 11)
62 triciclomotores ........................................... 26)
1.415 ônibus .............................................. 1.028)
874 microônibus ............................................ 352)
7.098 caminhonetes .................................... 2.021)
7.550 caminhonetas  ................................... 7.449)
6.899 caminhões ......................................... 5.214)
840 caminhão trator ....................................... 533)
Trator de roda 163 ........................................ 140)
Trator de esteiras 01 ........................................ 01)
Trator misto 10 ................................................ 10)
Reboque 4.015 ........................................... 2.875)
Semi-reboque 926 ......................................... 594)
Sidecar 13 ....................................................... 14)
Utilitário 501 .................................................... 46)























Como há muitos veículos não emplacados nos últimos anos e uma grande quantidade de veículos emplacados em outros locais pelos motivos expostos acima, o total de veículos circulando em Campos  é bem maior que os registrados pela estatística oficial. Registre-se que, proporcionalmente, os veículos de passeio e as motonetas (com até 100 CC) são as que mais crescem em vendas e circulação, seguidos de motos acima de 100 CC. Praticamente sem nenhum acréscimo entre 2001 e 2012 estão os tratores de esteira (apenas 01 emplacado em Campos nos últimos 12 anos) tratores de rodas e tratores mistos

Gildo Henrique analisa os símbolos nacionais

Meu amigo Gildo Henrique concluiu o curso de Design Gráfico no IFF e seu trabalho de conclusão  foi "o processo de criação dos símbolos nacionais - uma análise histórica, semântica e sintática dos símbolos nacionais brasileiros", com orientação do competente professor Leonardo Vasconcellos.

Abaixo, um pequeno resumo do texto que, espero, Gildo publique em breve:   

O design brasileiro busca inserir-se no cenário internacional como difusor da nossa cultura, seja por meio de cores e formas que o distingam num mundo cada vez mais competitivo e globalizado, seja pelo zelo com a marca Brasil, em projetos que levem nossa brasilidade mundo afora. 


A permanente construção de nossa identidade requer um olhar atento sobre nossos antepassados, nossas tradições e nossos valores, sob pena de trilharmos o caminho da superficialidade. Nossas origens simbólicas, tanto as oriundas da herança lusitana quanto as instituídas com a aventura histórica de nosso povo, ainda são um dos maiores celeiros de informações imagéticas, que ora vendem sandálias a estrangeiros, ora clamam pela restauração de países por meio de forças de paz. 

Os símbolos nacionais brasileiros, sobretudo nossa bandeira, servem de base para um design peculiar e único, que passou de uma onda contestatória durante a Ditadura Militar a um movimento ufanista e de ostentação nos dias atuais. Hoje, o nosso verde-amarelo é exibido com orgulho pelos patrícios. 


O objetivo principal deste trabalho é trazer à lembrança os cenários, personagens e conjunturas que contribuíram para a criação de nossa Bandeira, nosso Brasão de Armas e nosso Selo Nacional, com ênfase na desconstrução de seus elementos gráficos, numa abordagem semântica e sintática de suas cores e formas.


Sargento mata prostituta e é preso com o corpo no porta-mala


Um sargento da Marinha foi preso em flagrante na tarde desta sexta-feira (16) em Corumbá (MS) enquanto tentava se livrar do corpo de uma mulher que havia sido acomodado dentro de uma mala.

O terceiro sargento Willian Afonso dos Santos, 29, está preso no Comando do 6º Distrito Naval, sediado na cidade, que fica a 427 km de Campo Grande.

Segundo o boletim de ocorrência, o sargento confessou que matou por asfixia a garota de programa Greice Soares Roque, 26, na noite de quarta-feira (14) em sua própria casa após uma discussão em razão do valor do programa.

O sargento relatou à polícia que, após manter o corpo em casa por dois dias, o colocou numa mala e tentou despejá-lo nas proximidades de um lixão, na região do Assentamento Tamarineiro. Para levar a mala até o local, pediu carona a dois militares da Marinha.

Desconfiados da atitude do colega e do cheiro que exalava da mala, os militares pediram para ver o que havia dentro. Ao ver o corpo, que estava inteiro, deram voz de prisão ao sargento e acionaram a Polícia Militar, que efetivou a prisão.

Na delegacia, Santos confessou o crime e foi indiciado por homicídio doloso e ocultação de cadáver. Se condenado, deve receber pena mínima de 20 anos de prisão.

Depois de prestar depoimento, o sargento foi levado ao 6º Distrito Naval, onde deve permanecer em regime fechado à disposição da Justiça. Ele responderá pelos crimes na Justiça comum, já que os delitos não são de natureza militar.

Em nota, a Marinha do Brasil afirmou que está prestando o apoio necessário à família da vítima.

(Folha de São Paulo, reportagem de Daniela Arai)